Pelo menos 34 civis mortos no leste da RDC
29 de dezembro de 2020De acordo com o relatório do Barómetro de Segurança de Kivu (KST, na sigla inglesa), 34 civis morreram, 19 foram raptados e três ficaram feridos em "incidentes graves" entre 29 de novembro de 12 de dezembro, nas províncias Norte e Sul.
O KST identificou seis incidentes, com os três que ocorreram em Beni, Kivu-Norte, responsáveis por 25 mortes, a serem atribuídos aos combatentes das Forças Democráticas Aliadas (ADF).
A organização, citada pela agência noticiosa France-Presse, acrescenta que em Rutshuru, "homens armados não identificados raptaram duas mulheres e três raparigas" e que "os raptores violaram os reféns", exigindo um resgate de 5.000 dólares (4.100 euros).
As ADF são originalmente rebeldes muçulmanos ugandeses que se retiraram para o leste da RDC em 1995. Desde então, o seu recrutamento alargou-se para incluir outras nacionalidades e misturaram-se com a população local. Este grupo armado não ataca as fronteiras do vizinho Uganda há anos.
As forças são acusadas pelas autoridades congolesas e pelas Nações Unidas de serem responsáveis pelos massacres de mais de 1.000 civis na região do Beni desde 2014.
Desde 31 de outubro de 2019, cerca de 850 civis morreram no território de Beni, segundo o KST.