Patinadores moçambicanos melhoram prestação em Berlim
27 de setembro de 2021Donaldo Salvador e Tino Novais representaram Moçambique, no sábado (25.09), na 47ª edição da Maratona BMW de Berlim de patinagem em linha, na Alemanha.
Após a competição com mais de 5.000 participantes, entre profissionais e amadores, Salvador manifestou satisfação com a sua prestação: "Estou satisfeito porque fiz melhor tempo do que em 2019."
Já o colega Tino Novais era marinheiro de primeira viagem numa das maiores competições do mundo de patinagem em linha e já leva na mala um compromisso: "A lição que levo para a casa, que tive na maratona, foi a de me preparar melhor para as próximas etapas".
Os dois atletas, que em Moçambique se destacaram este ano pelo percurso Quelimane-Maputo, de 1.600 quilómetros em 23 dias, não só melhoraram os seus tempos, como também conseguiram ficar entre os 300 melhores do mundo da modalidade.
Novas "receitas" na mala
O técnico e diretor da equipa, Rico Alibay, também sai de Berlim com "receitas" novas para melhorar o desempenho da sua equipa.
"As lições de aprendizagem são imensas, a começar pela metodologia de abordagem, metodologia de controlo e avaliação de processos correntes, de tratamento dos atletas no fim do evento, assim como toda a estrutura envolvente, permitindo que todos os atletas sintam que participaram numa prova justa, onde também os resultados são justos e com fidelidade no seu desempenho", pormenoriza.
O técnico não esconde a satisfação pela participação em Berlim, que considera acima das expetativas, numa prova de 41.195 km, embora esteja ciente de que a melhoria dos tempos se deve também às melhores condições que Berlim proporciona para a prática da modalidade.
Esforços para massificação da modalidade
Os patinadores participaram nas categorias B e C e poderão ascender à A após os resultados de sábado. Alibay diz que "os dois atletas melhoraram a sua performance e os seus tempos de referência melhoraram substancialmente".
E o diretor não desiste de arregaçar as mangas diante das dificuldades: "Infelzimente não temos dispositivos ao nosso alcance para fazer o controlo e registo dos tempos por quilómetro, vamos tê-los agora, neste espaço".
E para massificar a modalidade, a equipa, com esforços próprios, até criou uma escola de patinagem que já treina 72 atletas em Moçambique. Donaldo Salvador, que apela para o apoio do Governo, está ciente de que está envolvido numa longa jornada.
"Vejo que existe um trabalho muito árduo para transmitir a escola em Moçambique, em Maputo e noutras províncias, para dar diretrizes com vista obter melhores rendimentos", afirma.