ONU homenageia legado de Nelson Mandela
24 de setembro de 2018A ONU abriu nesta segunda-feira (24.09)uma cúpula sobre a paz dedicada à memória do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, defendendo que seu legado representa uma "luz de esperança para um mundo dilacerado pelos conflitos e o sofrimento".
"Foi um líder que nos ensinou que é possível perdoar, que é possível que a reconciliação e a paz se sobressaiam sobre o ódio e a vingança", destacou a presidente da Assembleia Geral da ONU, María Fernanda Espinosa, no discurso de abertura.
Dezenas de chefes de Estado e de Governo discursarão ao longo do dia nesta cúpula, que lembra o centenário do nascimento de Mandela, e que serve como ponto de partida para uma semana de debates que os líderes terão em Nova York.
Declaração política a favor da paz
Os 193 países da ONU adotarão hoje uma declaração política a favor da paz, um documento não vinculativo no qual reiteram seu compromisso com a paz global e os direitos humanos.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defendeu que o ex-presidente sul-africano "personificou os valores mais altos da ONU" e lutou por "uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas em igualdade e harmonia".
"Hoje, com os direitos humanos sob uma crescente pressão ao redor do mundo, seria muito bom refletir sobre o exemplo deste homem excepcional", apontou Guterres.
O diplomata português defendeu que é preciso "enfrentar as forças que nos ameaçam com a sabedoria, a coragem e a fortaleza que Nelson Mandela personificou".
"Mandela foi um cidadão global cujo legado deve continuar nos guiando", ressaltou Guterres.
Legado de MandelaOs líderes da ONU recordaram esta segunda-feira (24.09) o legado de Nelson Mandela como um estímulo para o organismo mundial e a necessidade de "celebrar as diferenças", quando era descerrada uma escultura do líder sul-africano no quartel-general da organização.
"Nelson Mandela personifica os valores mais elevados das Nações Unidas -- paz, perdão, compaixão e dignidade humana", referiu o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
"Hoje, com os direitos humanos sob uma crescente pressão em todo o mundo, seria importante refletir sobre o exemplo deste homem excecional", assinalou.
Guterres sublinhou a necessidade de "enfrentar as forças que ameaçam a sabedoria, o valor e a fortaleza que Nelson Mandela personificou".
"Madiba foi um cidadão do mundo cujo legado deve continuar a guiar-nos", frisou ainda o secretário-geral da ONU.
Centenário do Nascimento de Mandela
Em 2018 comemora-se o centenário do nascimento de Nelson Mandela, e as Nações Unidas vão declarar 2019-2028 como a "Década da Paz Nelson Mandela" e foi organizada para hoje uma cimeira pela paz em honra do defunto presidente sul-africano e ex-prisioneiro político, que antecede o início do encontro anual dos líderes mundiais na Assembleia geral.
"Foi um líder que ensinou que é possível perdoar, que é possível que a reconciliação e a paz prevaleçam sobre o ódio e a vingança", sublinhou a presidente da Assembleia geral da ONU, a equatoriana María Fernanda Espinosa, no discurso de abertura.
Ao sublinhar o seu legado, a mesma responsável referiu-se uma "luz de esperança para um mundo dilacerado pelos conflitos e pelo sofrimento". Dezenas de chefes de Estado e de governo vão intervir ao longo do dia nesta cimeira, enquanto os 193 países da ONU adotavam uma declaração política em favor da paz, um documento não vinculativo no qual reiteram o seu compromisso com a paz global e os direitos humanos.
Detido nas prisões sul-africanas durante 27 anos, Mandela tornou-se na referência internacional no combate contra o sistema de 'apartheid' num país dominado pela minoria branca e que discriminava a larga maioria de população negra.
Em 1994, quatro após ter sido libertado da prisão, tornou-se no primeiro Presidente negro do país, na sequência das primeiras eleições multirraciais. Nas décadas seguintes, foi laureado com o Nobel para a Paz e tornou-se num estadista global.
Diversos responsáveis internacionais e familiares de Mandela, incluindo a sua viúva Graça Machel, assistiram à apresentação da estátua onde surge um sorridente Nelson Mandela, com as mãos abertas. No grupo, alguém decidiu colocar uma bandeira do país na escultura do ex-presidente da África do Sul.
Estátua de Mandela na sede da ONU
A Organização das Nações Unidas (ONU) e a África do Sul ergueram hoje uma estátua de Nelson Mandela, que permanecerá na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, para homenagear o antigo Presidente sul-africano.A estátua de Nelson Mandela é um presente da África do Sul para as Nações Unidas, por ocasião do centenário do nascimento do líder histórico.
A Assembleia-Geral das Nações Unidas realiza esta segunda-feira a Cimeira da Paz, que assinala o centenário do nascimento de Nelson Mandela, com a participação de dezenas de chefes de Estado e de Governo.
A estátua de Mandela foi erguida antes do início do encontro pelo Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, o português António Guterres, e a Presidente da Assembleia Geral, a equatoriana María Fernanda Espinosa.
"Nelson Mandela personificou os mais altos valores das Nações Unidas: paz, perdão, compaixão e dignidade humana. Era um defensor de todas as pessoas, com as suas palavras e ações", afirmou António Guterres na cerimónia.