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Nyusi reforça compromisso com a paz efetiva em Moçambique

Lusa | tms
3 de fevereiro de 2019

No Dia dos Heróis Moçambicanos, Presidente Filipe Nyusi afirmou que vai continuar os esforços para a paz efetiva. E considerou que Eduardo Mondlane, fundador da FRELIMO, deve ser exemplo para a reconciliação do país.

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Presidente Filipe Nyusi (foto de arquivo/2018)Foto: privat

"Reiteramos a nossa disponibilidade para continuar a palmilhar estratégias que potenciem o desenvolvimento do país, tendo como etapa determinante a paz efetiva", disse Nyusi, que falava na Praça dos Heróis, este domingo (03.02), em Maputo, durante a cerimónia do Dia dos Heróis Moçambicanos, que se celebra recordando o primeiro presidente da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), Eduardo Mondlane, assassinado em 1969.  

Para o Presidente da República, Eduardo Mondlane, tido como o "arquiteto” nacional por ter juntado os movimentos que lutavam contra o regime colonial português, deve servir como exemplo no processo de reconciliação dos moçambicanos.

"Eduardo Mondlane acreditou que uma postura negociada com o regime colonial português poderia garantir um Moçambique independente. Mondlane sabia que a guerra sacrificaria e traria luto para os moçambicanos e também para o inocente povo português", afirmou.

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Praça dos Heróis, em MaputoFoto: DW/R. da Silva

Negociações

O compromisso com a paz e a reconciliação é reforçado num momento em que o Governo moçambicano e a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) continuam em negociações para acabar definitivamente com a crise político-militar.

Em dezembro, o Governo moçambicano nomeou interinamente três oficiais provenientes da RENAMO para cargos de chefia no exército moçambicano, no âmbito do memorando de entendimento assinado em agosto entre as partes.   

No entanto, para a RENAMO, o Governo moçambicano não está a respeitar os acordos assinados, na medida em que o memorando não prevê nomeações interinas, além do facto de só terem sido nomeados três oficiais em vez dos 14 previstos no memorando.

Além do desarmamento e da integração dos homens do braço armado do maior partido da oposição nas Forças Armadas e na polícia, a agenda negocial entre as duas partes envolvia a descentralização do poder, ponto que já foi ultrapassado com a revisão da Constituição, em julho.

Oficialmente, o atual processo negocial entre o Governo da FRELIMO, partido no poder, e a RENAMO, principal força de oposição, arrancou há pouco mais de um ano, quando Filipe Nyusi se deslocou à serra da Gorongosa, centro de Moçambique, para uma reunião com o então líder da RENAMO, que morreu em 3 de maio do ano passado devido a complicações de saúde.

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