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Nyusi e Momade reafirmam desarmamento até ao fim do ano

Lusa
8 de outubro de 2022

Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e líder RENAMO, Ossufo Momade, reafirmaram o compromisso de concluir até final do ano o desarmamento dos ex-guerrilheiros daquele que é hoje o principal partido da oposição.

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Ossufo Momade lider da Renamo und Filipe Jacinto Nyusi
Foto: Roberto Paquete/DW

"O compromisso permanente de concluir a componente de desarmamento e desmobilização até final do ano foi reafirmado por ambas as partes, com reconhecimento mútuo de sua importância nacional", anunciou nesta sexta-feira (07.10), em comunicado, o Enviado Pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas, Mirko Manzoni.

O enviado de António Guterres tem mediado o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) das forças da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), na sequência do acordo de paz de 2019.

"Os líderes comprometeram-se a retomar o DDR nos próximos dias e a avançar nos principais tópicos discutidos" sobre o futuro dos desmobilizados, tais como "a sustentabilidade na aplicação de pensões" e "o enquadramento na Polícia da República de Moçambique".

Nyusi e Momade reafirmaram também "a sua dedicação em priorizar o diálogo como fundamento para a construção de uma paz duradoura".

Mosambik Mirko Manzoni, UN-Gesandter
O diplomata Mirko Manzoni, enviado da ONU para a pacificação de Moçambique.Foto: Romeu da Silva/DW

"Estamos juntos"

"Como Nações Unidas estamos juntos com o povo moçambicano para garantir que o país permaneça no caminho certo para alcançar a paz definitiva e a reconciliação nacional", conclui .

As declarações de hoje surge em linha com o discurso do primeiro-ministro moçambicano, Adriano Maleiane, no final de setembro, perante a Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Maleiane referiu que o Governo conta concluir ainda este ano o desarmamento dos antigos guerrilheiros da RENAMO.

Do total de 5.221 elementos a abranger, 4.002 já entregaram as armas, referiu.

"Com a conclusão desta etapa, mudará o foco" do processo, acrescentou, salientando que as atenções passarão a estar centradas "numa reintegração a longo prazo e uma reconciliação mais efetiva".

"São fatores essenciais para garantir a sustentabilidade do processo de paz e de consolidação da unidade nacional", concluiu.

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