Navio de guerra dos EUA passa por Taiwan e aumenta tensão
17 de abril de 2023Militares chineses condenaram hoje a passagem do contratorpedeiro americano pelo Estreito de Taiwan no domingo (16.04). "O Arleigh Burke USS Milius navegou através das águas do estreito de Taiwan a 16 de abril, causando alvoroço público", disse o porta-voz militar Shi Yi.
"As forças do Teatro Oriental estão sempre em alerta máximo, prontas para defender a soberania nacional, a segurança e a paz e estabilidade regional", acrescentou o porta-voz.
Segundo um comunicado da Marinha dos Estados Unidos, o navio "realizou uma passagem de rotina pelo estreito de Taiwan", no domingo, "em águas onde a liberdade de navegação e sobrevoo em alto mar se aplica de acordo com o direito internacional."
"A passagem do Milius pelo Estreito de Taiwan demonstra o compromisso dos Estados Unidos com um Indo-Pacífico livre e aberto", lê-se na nota do Exército dos EUA.
O navio de guerra americano já tinha realizado uma operação no mar do sul da China, na semana passada, altura em que passou a menos de 12 milhas náuticas (22 quilómetros) do recife Mischief, reivindicado pela China e outros países da região.
Na altura, o exército chinês denunciou "a intrusão" do contratorpedeiro nas ilhas Spratly.
Escalada de tensões
A presença do navio de guerra americano na área coincide com uma escalada de tensões entre China e Estados Unidos, agudizada pelo encontro entre a líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, no início de abril.
A China respondeu com quatro dias de intensos exercícios militares em torno de Taiwan, que incluíram a simulação de um bloqueio da ilha.
Para Pequim, os contactos internacionais de Taiwan visam a independência formal da ilha, que a China considera ser parte do seu território. Por isso, tem ameaçado uma reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.