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Níger: "Guiné-Bissau respeitará todas as opções da CEDEAO"

9 de agosto de 2023

De partida para Abuja, Presidente guineense defendeu reposição da ordem constitucional no Níger e admitiu convocar Conselho de Defesa Nacional para decidir participação da Guiné-Bissau numa eventual intervenção militar.

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West African leaders plan peacekeeping force to counter 'coup belt' reputation
Foto: Afolabi Sotunde/REUTERS

O Chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, admitiu esta quarta-feira (09.08) convocar o Conselho de Defesa Nacional para decidir a participação da Guiné-Bissau numa eventual intervenção militar da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) no Níger, caso assim for decido esta quinta-feira, na cimeira extraordináriados líderes africanos, em Abuja.

Em declarações aos jornalistas antes de viajar para a capital da Nigéria, onde participará nas discussões sobre o golpe de Estado no Níger, o Presidente guineense disse que se a CEDEAO decidir pelo uso da força, a Guiné-Bissau poderá participar.

"É uma questão de segurança nacional. A Guiné-Bissau irá respeitar todas as opções da CEDEAO. Se for essa a decisão de uso da força, vou convocar o Conselho Nacional da Defesa, porque não é da competência da Assembleia Nacional Popular - não é o Estado da Guiné-Bissau estará em guerra - para decidir a nossa participação na missão", avançou Sissoco, que liderou a CEDEAO durante um ano até junho passado.

Bazoum "continua a ser Presidente legítimo"

Acompanhado pelo novo primeiro-ministro, Geraldo Martins, o chefe de Estado lembrou que o país tem experiência em missões de paz no continente africano e avançou que está em concertação com vários países fora do espaço do bloco regional que estão disponíveis a enviar o contigente militar.

Sissoco Embaló deixou claro que a sua posição é contra alterações de ordem constitucional na sub-região e frisou que a Guiné-Bissau não reconhece a legitimidade das novas autoridades no poder.

"Para a o Estado da Guiné-Bissau, o Presidente do Níger até hoje é [Mohamed] Bazoum. Ele continua a ser Presidente legítimo do Níger. É a única entidade que a Guiné-Bissau reconhece. Todo o mundo está mobilizado contra o golpe, porque militar não é para assumir o poder", disse o chefe de Estado guineense.

Sissoco Embaló acredita que é possível Bazoum voltar ao poder.

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