MPLA apresenta agenda para 2023 e quer "análise profunda"
12 de março de 2023Luísa Damião falava este domingo (12.03) no Cuíto, capital da província angolana do Bié, onde apresentou a agenda política do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que governa o país desde a independência em 1975.
A agenda política do MPLA para o corrente ano prevê promover uma governação de qualidade, com ênfase para o controlo da execução das despesas públicas, em prol do desenvolvimento e benefícios das populações, segundo a agência de notícias angolana ANGOP.
Para a concretização dos dez eixos estratégicos previstos, "será necessária a realização de uma análise profunda sobre o balanço feito ao desempenho do partido a nível das eleições gerais, extraindo as lições subjetivas que permitam encetar a adoção de medidas corretivas", disse, citada pela Angop.
Segundo a dirigente, o MPLA propõe-se "lutar por uma Angola mais desenvolvida, democrática e inclusiva, tendo em vista a moralização da sociedade, o combate à corrupção e à impunidade".
Outros objetivos são o reforço das relações de cooperação, concertação e solidariedade para com os partidos políticos com os quais detém laços históricos, aprofundar o espaço de diálogo, apostar em iniciativas de políticas públicas, que concorram para o contínuo fomento da empregabilidade, habitação, empreendedorismo, mobilidade urbana e rural, educação e saúde, entre outros.
O MPLA propõe-se igualmente "estimular e acompanhar a implementação de ações de caráter económico e social, de pequeno vulto, mas com impacto direto na melhoria da vida da população.
O MPLA venceu as eleições gerais de agosto de 2022, com 51,07% dos votos, o primeiro resultado de sempre, e foi derrotado na capital pelo seu principal adversário, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).