Mondlane denuncia tentativa de homicídio mas polícia nega
19 de agosto de 2024"Foi uma tentativa de assassinato do candidato do povo", afirmou Venâncio Mondlane, numa declaração divulgada na rede social Facebook.
O político avançou que, na noite de domingo (18.089, o membro da polícia, à paisana, "tentou bruscamente" aproximar-se pelas costas, tendo sido imobilizado e arrancada a arma que trazia, com 15 balas.
Mondlane adiantou que a arma foi entregue pela Coligação Aliança Democrática (CAD) à procuradoria local, mas que o polícia "escapuliu-se".
"Mandei uma mensagem para a Procuradoria-Geral da República, (...) isto foi claramente uma tentativa frustrada de assassinato", acrescentou.
Em conferência de imprensa hoje (19.08), a porta-voz da polícia na província de Inhambane considerou falsas as acusações de Venâncio Mondlane, referindo que o agente da polícia estava escalado para garantir a segurança da pré-campanha da CAD.
Polícia rejeita alegações
"No dia 9, por razões inconfessáveis a CAD esbulhou [arrancou] a sua arma [do polícia], com alegações de atentado, o que não constitui verdade", disse Bata.
O polícia "encontrava-se no meio de uma multidão em missão de segurança e proteção da passeata" de pré-campanha eleitoral, avançou.
"O colega estava devidamente escalado, a segurança foi garantida e o candidato, neste momento, encontra-se no distrito de Gaza e a arma agora está no comando", enfatizou a porta-voz da polícia em Inhambane.
Nércia Bata declarou ainda que o destacamento do polícia resultou de um pedido da CAD para a proteção da pré-campanha de Venâncio Mondlane. A polícia fez-se presente, através de patrulhas motorizadas, a pé e à paisana, acrescentou.
Venâncio Mondlane concorre à Presidência de Moçambique como independente, após o Conselho Constitucional (CC) excluir, em princípios de agosto, em definitivo, a coligação CAD, que o tentava apoiar.
Além de Mondlane, concorrem à Ponta Vermelha (residência oficial do chefe de Estado em Moçambique) Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, no poder), Ossufo Momade, apoiado pela RENAMO, e Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar.