Insegurança alimentar: Moçambique recebe ajuda dos EUA
22 de junho de 2021"A situação humanitária no norte de Moçambique é preocupante", disse Dennis W. Hearne, embaixador dos EUA em Moçambique, citado numa nota da entidade.
Segundo a nota, o valor - 30 milhões de dólares (25 milhões de euros) - disponibilizado através da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), será também usado para apoiar às pessoas afetadas por desastres naturais nas províncias de Sofala e Manica, no centro de Moçambique.
"O Governo dos EUA continua empenhado em apoiar o Governo de Moçambique e o povo moçambicano na resposta a esta complexa crise", acrescentou o embaixador.
O PAM, avança o documento, irá aplicar o montante em novos financiamentos para fornecer assistência alimentar de emergência a 116.500 deslocados, apoio nutricional a crianças deslocadas, além de assistência alimentar a mais de 30.000 pessoas afetadas por ciclones.
"Isto não é suficiente"
"Estamos extremamente gratos por esta generosa contribuição e pelo apoio dos Estados Unidos aqui em Moçambique. Através da ajuda do PMA para salvar vidas de famílias afetadas pelo conflito, estamos a plantar as sementes da paz. Mas isto não é suficiente", disse David Beasley, diretor executivo daquela agência das Nações Unidas.
Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.800 mortes segundo o projeto de registo de conflitos ACLED e 732.000 deslocados de acordo com a ONU.
Ainda segundo a ONU, mais de 900.000 pessoas estão sob insegurança alimentar severa em Cabo Delgado e as comunidades de acolhimento estão também a precisar urgentemente de abrigo, proteção e outros serviços.