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Moçambique extradita líder do PCC para o Brasil

Lusa | cvt
19 de abril de 2020

Anúncio da extradição do líder do PCC, Gilberto Aparecido dos Santos, para o Brasil foi feito este domingo (19.04). Narcotraficante estava foragido há mais de 20 anos e foi preso na segunda-feira (13.04), em Maputo.

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Symbolbild - Venezuela - Verhaftung
Foto: picture-alliance/J. Tack

O Ministério do Interior de Moçambique decidiu extraditar Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como "Fuminho", um dos traficantes de droga mais procurados pela justiça brasileira, anunciou este domingo (19.04,) o Governo moçambicano.

"Aquando da entrada no território moçambicano, o cidadão Luiz Gomes de Jesus, também conhecido por Gilberto Aparecido dos Santos, não observou os procedimentos e a entrada irregular no país é fundamento para expulsão administrativa", lê-se num documento do Ministério do Interior moçambicano distribuído à imprensa.

Fonte citada pelo diário eletrónico Carta de Moçambique indica que "Fuminho" partiu do Aeroporto de Maputo para o Brasil na madrugada deste domingo, num avião da Força Aérea Brasileira, sob controlo da Polícia Federal.

"Fuminho", detido na passada segunda-feira (13.04) em Maputo, estava foragido há 21 anos e foi condenado por crimes de tráfico de drogas, contra o património de instituições financeiras e de grandes empresas de logística, assim como por financiar a fuga de líderes de organizações criminosas.

O despacho de expulsão de Moçambique interdita ainda "Fuminho" de entrar no território moçambicano por um período não inferior a 10 anos.

"Sobre o cidadão decaía um mandado internacional de captura emitido pelas autoridades brasileiras, devidamente notificado no sistema da Interpol e executado pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal", acrescenta o documento.

O brasileiro é também suspeito de ser o financiador de um plano de resgate de Marcos Willians Camacho, conhecido como 'Marcola', o líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior fação criminosa do Brasil, preso em Brasília.

A descoberta deste plano de resgate culminou com a autorização do uso das Forças Armadas por parte do Presidente da República brasileira no perímetro da Penitenciária Federal de Brasília, em fevereiro último.

De acordo com a imprensa brasileira, "Fuminho" fugiu da prisão em 1998, no mesmo dia que Marcola também escapou, e escondeu-se em países vizinhos, como Paraguai e Bolívia.

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