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Moçambique: 109 pessoas detidas na cidade da Beira

Lusa | cvt
21 de maio de 2020

Segundo a PRM em Sofala, motivo foi a violação das regras do estado de emergência. Detenções aconteceram na quarta-feira (20.05).

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Mosambik Provinzial-Antikorruptionsbüro Nampula
Foto: DW/Sitoi Lutxeque

Um total de 109 pessoas, entre as quais prostitutas, foram detidas na quarta-feira (20.05) por violar as regras do estado de emergência na cidade da Beira, na província de Sofala, centro de Moçambique, informou nesta quinta-feira (21.05) à agência Lusa fonte policial.

Segundo Daniel Macuacua, chefe das relações públicas da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Sofala, trata-se de um grupo composto por 77 prostitutas, entre moçambicanas e zimbabueanas, sendo os restantes vendedores e consumidores de bebidas alcoólicas.

"Todos estes detidos estão relacionados com o não cumprimento do decreto presidencial, com destaque ao não respeito à medida de distanciamento social, não uso de máscaras em aglomerações e consumo de bebidas alcoólicas na via pública, além de bares que abriram as suas portas de noite, contrariando as orientações", explicou Daniel Macuacua.

A mesma fonte acrescentou que entre os vendedores de bebidas alcoólicas estão também menores, que deverão ser encaminhados para a assistência social.

Covid-19 em Moçambique

Segundo as últimas atualizações, Moçambique tem um total de 162 casos positivos de Covid-19, oito dos quais na província de Sofala.

Embora sem vítimas mortais devido à pandemia, o país vive em estado de emergência, em vigor desde 1 de abril, tendo sido decretado até final daquele mês e depois estendido até ao final de maio.

Na vigência do estado de emergência, os espaços de diversão e lazer estão encerrados, é proibido todo o tipo de eventos e de aglomerações, recomendando-se a toda a população que fique em casa, se não tiver motivos de trabalho ou outros essenciais para tratar.

Durante o mesmo período, há limitação de lotação nos transportes coletivos com obrigatoriedade do uso de máscaras, as escolas estão encerradas e a emissão de vistos para entrar no país está suspensa.

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, admitiu na semana passada tomar medidas mais duras no âmbito do estado de emergência para prevenção da covid-19, se persistir o incumprimento de algumas restrições, nomeadamente se os níveis de circulação interna continuarem altos.

As últimas atualizações publicadas pela polícia moçambicana indicavam que até 7 de maio foram detidas 899 pessoas pelo crime de desobediência durante o estado de emergência em curso no país.

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