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Morte do leão Cecil traz ganhos para o Zimbabué

Columbus Mavhunga / Nádia Issufo9 de setembro de 2015

O recente assassinato do famoso leão Cecil no Zimbabué parece estar a trazer dividendos. Até agora os chineses disponibilizaram 2,3 milhões de dólares para combater a caça furtiva. E mais promessas de ajuda foram feitas.

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Leão Cecil no Parque Nacional de Hwange, ZimbabuéFoto: Paula French via AP

O ditado que diz "Em tudo há um lado positivo" encaixa-se no recente caso da morte ilegal do simbólico Leão Cecil em julho passado. A Fundação para a Vida Selvagem Sino-Zimbabueana juntou-se agora à luta contra a caça ilegal no Zimbabué e doou equipamento avaliado em 100 mil dólares.

Li Song é a fundadora do organismo e faz promessas: "Como Fundação para a Vida Selvagem Sino-Zimbabueana vamos trabalhar arduamente para combater a caça ilegal, o transporte ilegal e a venda de troféus animais. Prometemos colaborar com a sociedade zoológica, não apenas para reportar a caça ilegal, mas também ajudar na aplicação da lei através do fornecimento de equipamento e recursos necessários."

O Zimbabué orgulha-se de ter todos os animais da vida selvagem que um país africano pode ter, mas a falta de equipamento e recursos necessários para combater a caça ilegal deixa a vida selvagem do país exposta.

Recursos para combater caça ilegal

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Manifestação contra o assassinato de Cecil diante do consultório de Walter Palmer no Minnesota, EUAFoto: Reuters/E. Miller

Falando durante o lançamento da gala anti-caça ilegal, a ministra do Meio Ambiente do Zimbabué, Oppah Muchinguri, já pediu ajuda para travar a caça ilegal.

"Os atuais desafios enfrentados pelas Autoridades de Gestão da Vida Selvagem e Parques do Zimbabué e o país não podem ser subestimados. A Agência Nacional de Conservação é confrontada com muitos desafios", disse.

Oppah Muchinguri também não escondeu a sua satisfação diante da ajuda chinesa. "Quero agradecer aos nossos amigos chineses que nos apoiaram quando perdemos o nosso querido leão Cecil."

A ministra refere-se aos 2,3 milhões de dólares em equipamento doados pelo Governo chinês em julho para a proteção da vida selvagem e operações contra a caça ilegal no principal parque nacional de país. O famoso leão Cecil, de 13 anos, foi caçado ilegalmente por um dentista norte-americano em julho, no Parque Nacional de Hwange, a cerca de 700 quilómetros a sudeste de Harare.

Uma dor que atrai ganhos

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Theo Bronkhorst, caçador zimbabueano também envolvido no casoFoto: picture-alliance/dpa

Brent Stapelkamp, investigador da Universidade de Oxford, disse que se sente arrasado com a morte de Cecil, mas acrescenta que as esperanças não estão perdidas, graças à publicidade que a imprensa deu ao incidente. "Foi trágico, mas vai trazer muitos resultados positivos para os leões e a conservação no Zimbabué, no seu todo. Vamos lembrar-nos sempre dele e penso que o seu legado vai trazer muito para a conservação dos leões no Zimbabué."

Para além de receber fundos, as autoridades zimbabueanas aumentaram as medidas de segurança em todos os parques nacionais. Também alguns voluntários chineses estão no país a ensinar as pessoas que vivem nas proximidades dos parques a viverem em harmonia com a natureza.

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