Mortalidade infantil recua em quase 50% no mundo desde 1990
13 de setembro de 2017A redução da mortalidade infantil no mundo em quase 50%, desde 1990, se deve, de um modo geral, à melhoria das condições de vida e a campanhas de vacinação, de acordo com o relatório da Fundação Bill e Melinda Gates. Apesar de celebrar a melhora, Anita Zaidi, da organização, lembra que seis milhões de crianças ainda morrem por ano. A maioria delas em África. Outra área afetada é o sul da Ásia.
Mesmo com avanços na vacinação, os dados colhidos mostram que mais de 20 milhões de crianças em todo o mundo não estão vacinadas, o que preocupa Zaidi. "Temos que desenvolver novas vacinas e aumentar o número de crianças vacinadas. Se não o fizermos, corremos o risco de regredir e perder o progresso já conseguido", afirma.Para reduzir ainda mais a mortalidade infantil de crianças com menos de cinco anos, a fundação propõe uma melhoria dos serviços maternos, para que os bebés nasçam num ambiente em que o maior risco para a criança e a mãe seja o dia do parto. A alimentação também é importante, salientou Zaidi numa entrevista com a DW. "É de suma importância amamentar o bebé no primeiro ano de vida. É algo simples, mas que não acontece automaticamente", sustenta.
Luta contra a SIDAO relatório da fundação realça ainda os progressos na luta global contra a SIDA. Atualmente, 37 milhões de pessoas são portadores do vírus HIV. Mas graças a esforços em todo o mundo, o número de mortos pela SIDA recuou em quase metade desde 2005.
Ao mesmo tempo, a fundação avisa que desleixar a luta contra esta e outras doenças seria fatal. Segundo os cálculos dos autores do documento, um corte de 10% nos donativos para o combate da SIDA significaria mais cinco milhões de mortos desta doença até 2030.
O relatório da fundação é o primeiro de uma série de relatórios anuais que pretendem monitorizar a erradicação da pobreza no mundo até 2030. A fundação, criada pelo bilionário Bill Gates, dono da empresa Microsoft, apoia os objetivos de desenvolvimento sustentáveis das Nações Unidas, determinados em 2015, que incluem a eliminação da pobreza, o abastecimento universal de água potável e energia sustentável, a igualdade de géneros e a preservação do clima.