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CriminalidadeMoçambique

Maputo: Polícia detém suspeitos de rapto ocorrido em 2022

Lusa
1 de junho de 2024

A polícia moçambicana deteve dois suspeitos de envolvimento num rapto em 2022, que resultou numa vítima mortal, cujo corpo foi encontrado em fevereiro deste ano, em Maputo.

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Foto simbólicaFoto: DW/L. da Conceição

Os dois homens, com 34 e 38 anos, foram detidos na quarta-feira (29.05), na província de Gaza, também no sul de Moçambique, por suspeita de envolvimento no rapto de um empresário de nacionalidade paquistanesa em outubro de 2022, numa das avenidas da capital moçambicana, disse este sábado (01.06) Hilário Lole, porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic), na cidade de Maputo.

"Chegámos a estes dois homens quando procurávamos dados sobre o mandante do rapto, que está na África do Sul. Um [dos suspeitos] foi encontrado na residência do mandante com uma pistola e dois carregadores", referiu o porta-voz do Sernic.

Segundo a polícia, o corpo do empresário, de 54 anos, foi encontrado enterrado numa residência que servia de cativeiro, no bairro da Liberdade, nos arredores da cidade de Maputo.

"O laudo do médico legista indica que o corpo estava enterrado há pelo menos um ano, o que significa que o empresário foi morto em 2023", acrescentou Hilário Lole.

Casos de raptos

A Polícia da República de Moçambique (PRM) registou um total de 185 casos de raptos e pelo menos 288 pessoas foram detidas por suspeitas de envolvimento neste tipo de crime desde 2011, anunciou em março o ministro do Interior.

"A cidade de Maputo apresenta maior tendência e incidência de casos criminais de raptos, seguida da província de Maputo e, por fim, Sofala, com registo de 103, 41 e 18 casos, respetivamente", declarou o ministro do Interior de Moçambique, Pascoal Ronda, em 19 de março.

A onda de raptos em Moçambique tem afetado empresários e seus familiares, sobretudo pessoas de ascendência asiática, o que para as autoridades exige uma reflexão.

Moçambique: Empresários da Beira protestam contra raptos