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Manifestantes são detidos em protestos anti-Governo no Egito

kg | Reuters | Lusa
21 de setembro de 2019

Pequenas manifestações no Cairo e outras cidades do país exigiram a renúncia do Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi. Os protestos foram rapidamente interrompidos pela polícia, que prendeu alguns manifestantes.

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Manifestantes reunidos na praça Tahrir, no CairoFoto: Reuters/A. A. Dalsh

Várias pessoas foram detidas esta sexta-feira (20.09) no Cairo durante um protesto que exigia a renúncia do Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi. Pequenas manifestações antigovernamentais tiveram lugar durante a noite na capital e noutras cidades do Egito, mas a polícia dispersou os manifestantes.

No Cairo, centenas de pessoas manifestaram-se na praça Tahrir, o epicentro da revolução de 2011 e que levou à queda do Presidente Hosni Mubarak. Vídeos publicados nas redes sociais mostravam também algumas dezenas de pessoas reunidas nas cidades de Alexandria, Al-Mahalla e Damietta, no Delta do Nilo, bem como em Suez.

As manifestações antigovernamentais são raras no Egito devido a uma lei adotada em 2013 após o golpe militar liderado por Sisi, na altura líder do exército, contra o então Presidente Mohamed Morsi.

Mohamed Morsi, que estava detido desde a sua destituição, em julho de 2013, morreu em junho deste ano durante uma sessão em tribunal. Organizações não-governamentais locais e internacionais acusam o Egito de reprimir as vozes dissidentes e de violar os direitos humanos.

Violações

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Uma lei adotada por Sisi ainda em 2013 proíbe a realização de protestos no EgitoFoto: Getty Images/AFP/B. R. Smith

Sisi foi eleito em 2014 e reeleito em 2018, vencendo ambos os pleitos com 97% dos votos. O Presidente egípcio justifica suas políticas autoritárias como medidas de segurança necessárias, particularmente diante de uma insurgência islâmica na Península do Sinai e de distúrbios generalizados após a revolução de 2011.

Os protestos tiveram como pano de fundo vários apelos nas redes sociais, incluindo do empresário e ator egípcio no exílio que exigiu a deposição de Sisi numa série de vídeos amplamente divulgados na internet. Ali acusou Sisi e os militares de corrupção.

No sábado passado, Sisi classificou as acusações de "mentiras e calúnias" e disse que era "honesto e fiel" ao povo e às Forças Armadas egípcias. Desde que Abdel Fattah al-Sisi chegou ao poder, vários opositores, jornalistas e artistas foram presos.

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