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SaúdeMalawi

Malawi: Um relógio para salvar crianças

Chimwemwe Padatha
26 de janeiro de 2022

Estudantes universitários no Malawi desenvolveram um aparelho médico para acompanhar o desenvolvimento de crianças. O aparelho vai auxiliar o Governo a reduzir enfermidades e a melhorar a qualidade de vida das crianças.

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Malaria-Bekämpfung in Afrika | Kenia | Impfstoff Mosquirix
Foto: Brian ONGORO/AFP

A elevada mortalidade infantil no Malawi levou estudantes universitários a repensar as abordagens existentes. Por isso procuraram meios de passar a crescente necessidade de ajudar as crianças e monitorizar o crescimento de bebés dos processos tradicionais para aparelhos eletrónicos.

O inventor Dumisani Namankhwa, de 24 anos, desenvolveu uma aparelho para este fim.

"Foi um trabalho desenvolvido em conjunto por nós inventores e o Ministério da Saúde. Este pequeno aparelho vai ser vendido por nós, mas os dados serão geridos pelo ministério", explica Namankhwa.

O dispositivo, que parece um relógio, fica no pulso da criança e liga-se a uma aplicação instalada em smartphones para fazer a monitorização.

Invenções sem plataforma

Por outro lado, o inventor queixa-se da baixa adesão a este tipo de invenções por parte dos jovens e sugere que seja desenvolvido um núcleo de inovação onde os interessados se possam encontrar.

"Assim poderiam discutir os desafios que assolam as suas comunidades. O núcleo poderia ligar os ministérios aos jovens inovadores para desenvolver soluções", sugere Namankhwa.

A professora Maureen Chirwa, ativista de direitos da saúde, pensa que estas inovações são uma solução para reduzir a taxa de mortalidade infantil no Malawi, que atinge os 36%.

Malária, Malawi, mortalidade infantil
A vacinação é um elemento crucial no desenvolvimento saudável das criançasFoto: Brian ONGORO/AFP

"Precisamos destes jovens para inventar soluções. O que falta é estabelcer procedimentos baseados na ética antes de colocar os aparelhos nas crianças", afirma.

No Malawi, os grupos de reflexão sobre Tecnologias da Informação queixam-se constantemente da falta de medidas para encorajar soluções feitas no país e não importadas.

Bram Fudzulani, presidente da Associação destas tecnologias, considera que ainda há muitos obstáculos por superar.

"O problema é que, ao levar esta tecnologia ao Ministério da Saúde, vai ser-nos dito que não existem medidas que permitam adotar estas inovações. Precisamos de mudar a nossa lei para toranr estes projetos viáveis", afirma Fudzulani.

As crianças constituem cerca de 40% da população do Malawi. A proteção e manutenção dos seus direitos é crucial para o paísmanter o respeito pelos direitos humanos que se aplicam também à infância dos cidadãos.

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