Líderes africanos apelam a transição de poder no Chade
5 de junho de 2021Os presidentes de Angola, João Lourenço; do Congo, Denis Sassou Nguesso; da República Democrática do Congo (RDC), Felix Tshisekedi e da República Centro-Africana (RCA), Faustin Archange Touadéra, encorajam "as autoridades de transição [do Chade] a promoverem, o mais rapidamente possível, um diálogo nacional inclusivo", de acordo com o comunicado final da reunião da CEEAC.
Os chefes de Estado apelaram a "todos os atores políticos" para que prossigam os "objetivos da transição política no prazo de 18 meses".
A União Africana (UA) já tinha feito a mesma exigência a 20 de maio.
Conferência sobre o Chade
"Tomamos nota da suspensão da Constituição Chadiana de 2018 e do estabelecimento de um Conselho Militar de Transição (CMT)", de acordo com o comunicado final da conferência sobre o Chade, lido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros congolês, Jean-Claude Gakosso.
O CMT, presidido por Mahamat Idriss Déby, filho do presidente chadiano Idriss Déby Itno, tomou o poder a 20 de abril, após ter sido anunciada a morte do chefe de Estado na frente de combate contra os rebeldes.
Os chefes de Estado da África Central encorajaram "parceiros financeiros bilaterais e multilaterais" a apoiar o Chade.
A Guiné Equatorial e o Burundi foram representados na reunião pelos seus vice-presidentes, Chade e Gabão pelos seus primeiros-ministros.
"A transição chadiana precisa do apoio de todos. Será bem-sucedida, antes de mais, com o pensamento, inteligência e criatividade dos políticos chadianos e da elite militar", afirmou Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da UA na abertura da cimeira.
"O nosso dever e responsabilidade (...) convidam-nos a um compromisso ainda mais forte ao serviço de uma transição pacífica no Chade", afirmou, por seu lado, o Presidente congolês, Sassou Nguesso.