Bissau: Suspeitos de tentativa de golpe julgados em dezembro
22 de novembro de 2022O julgamento de 25 pessoas, entre civis e militares, acusadas de envolvimento na tentativa de golpe de Estado de 1 de fevereiro na Guiné-Bissau começa a 6 de dezembro, avança a agência de notícias Lusa, citando fonte judicial.
Segundo a mesma fonte, ligada ao processo, o julgamento será realizado pelo Tribunal Regional de Bissau (TRB) e envolve, na sua maioria, pessoas detidas nas celas da Segunda Esquadra de Bissau.
Dez pessoas detidos na Base Aérea, no âmbito do mesmo processo, não vão, "para já", a julgamento, indicou a mesma fonte, que disse desconhecer os motivos.
Entre as 25 pessoas que vão a julgamento no dia 6 de dezembro encontram-se o ex-Chefe do Estado Maior da Armada guineense, o vice-almirante José Américo Bubo Na Tchuto, Tchami Yala, Domingos Yogna e Papis Djemé.
Estes três últimos serão julgados à revelia por se encontrarem em fuga, precisou a fonte.
LGDH denuncia sequestro
Os 25 detidos são acusados de tentativa de golpe de Estado e do assassínio de 11 pessoas, na sua maioria elementos da equipa de segurança do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.
No passado 1 de fevereiro um grupo de homens armados atacou o Palácio do Governo enquanto decorria uma reunião do Conselho de Ministros, em que participava o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, bem como vários membros do Governo da Guiné-Bissau.
As autoridades guineenses qualificaram o ataque como uma tentativa de golpe de Estado, acusação defendida também pelo Ministério Público.
A Liga Guineense dos Direitos Humanos tem acusado o Estado guineense de "sequestrar" 17 pessoas que continuaram detidas, mesmo depois de vários despachos do juiz de instrução criminal e do Ministério Público a ordenar a libertação das pessoas ou a impor medidas de coação menos gravosas.