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PolíticaGuiné Equatorial

Guiné Equatorial: CPLP pede "acesso equitativo" à imprensa

Lusa
22 de novembro de 2022

A missão de observação eleitoral da CPLP recomenda que seja assegurado o "acesso equitativo dos candidatos e partidos políticos" na imprensa pública da Guiné Equatorial para "promover o voto esclarecido".

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Foto: Ahmet Emin Donmez/AA/picture alliance

A recomendação consta da Declaração Preliminar da missão de observação eleitoral (MOE) da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a que a agência de notícias Lusa teve acesso, e diz respeito às eleições presidenciais, Câmara dos Deputados, Senado e municipais, realizadas no passado dia 20.

"Tendo observado disparidades na execução dos procedimentos, em particular de encerramento, a MOE da CPLP recomenda a adoção de medidas com vista à uniformização e ao aperfeiçoamento contínuo dos procedimentos de votação e da gestão do processo eleitoral, nomeadamente através da formação e capacitação dos membros de mesa".

A MOE da CPLP, chefiada por Maria do Carmo Silveira, antiga primeira-ministra de São Tomé e Príncipe e antiga secretária-executiva da CPLP, integrou um total de 15 observadores, entre os quais, diplomatas e técnicos nomeados pela presidência em exercício (Angola) e pelos demais Estados-Membros, representantes da Assembleia Parlamentar da CPLP (AP-CPLP), indicados pela Assembleia Nacional de Angola, bem como funcionários do Secretariado Executivo.

A equipa da CPLP chegou à Guiné Equatorial no dia 14 de novembro e tem prevista a partida na quarta-feira.

Votação e contagem dos votos

Nas mesas de voto observadas, a MOE da CPLP constatou que os eleitores exerceram o seu direito de voto, direto e secreto, "de forma ordeira e organizada, não tendo sido registadas interrupções ou perturbações à realização do ato eleitoral", tendo na generalidade sido cumpridos os procedimentos de abertura. 

Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang
O Presidente Teodoro Obiang concorreu a um sexto mandato após 43 anos no poderFoto: AP Photo/picture alliance

"As mesas de voto observadas estavam acessíveis aos eleitores e nas imediações dos locais de residência, registando-se, em muitos casos, a presença das forças de segurança e ordem pública próximas das mesas de votação", sinaliza-se na declaração preliminar.

"Não foram afixadas as atas do escrutínio no local de voto nas mesas em que a MOE da CPLP observou o encerramento", acrescenta-se no documento.  

Relativamente aos resultados anunciados esta terça-feira (22.11) pelo ministro do Interior e Assuntos Locais, Faustino Ndong Esono Ayang, que preside à comissão eleitoral, estão escrutinados mais de 45% dos votos, com o Presidente Teodoro Obiang a recolher 189.031, a enorme distância dos restantes dois candidatos presidenciais.

Andrés Esono Ondo, da Convergência para a Democracia Social da Guiné Equatorial (CPDS), obteve até agora 5.473 votos, enquanto Buenaventura Monsuy Asumu regista apenas 1.490.