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G7 reafirma apoio a Kiev e mantém sanções contra Moscovo

DW (Deutsche Welle) | EFE | Lusa
8 de novembro de 2023

Presidente ucraniano elogiou a "declaração forte" do grupo dos países mais industrializados do mundo, que reafirmou apoio inabalável à Ucrânia. Kiev receia que aliados estejam a ficar cansados face ao conflito em Gaza.

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Chefes da diplomacia do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e Reino Unido), reunidos em Tóquio
Chefes da diplomacia do grupo dos sete países mais industrializados do mundo reunidos em TóquioFoto: Tomohiro Ohsumi/AP Photo

"Congratulei-me com a forte declaração feita hoje pelos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, que reafirmaram o seu apoio inabalável à Ucrânia, mesmo no contexto de outros acontecimentos mundiais", afirmou Volodymyr Zelensky, após uma reunião com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.

Os chefes da diplomacia do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e Reino Unido), reunidos em Tóquio, prometeram hoje que o grupo vai permanecer unido no "firme apoio" à Ucrânia face à invasão russa, "mesmo na atual situação internacional", numa referência ao conflito entre Israel e o Hamas.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 tambérm pediram hoje uma pausa humanitária na Gaixa de Gaza, com vista a facilitar a criação de um corredor seguro que permita a entrada imediata de ajuda. E comprometeram-se a fazer os possíveis para evitar o agravamento e expansão do "conflito entre israelitas e palestinianos."

Os membros do grupo comprometeram-se igualmente a continuar a impor "sanções severas" a Moscovo, a acelerar os esforços de reconstrução da Ucrânia a "médio e longo prazo" e a continuar a "trabalhar para um processo de paz".

"À medida que as tensões aumentam no Médio Oriente, é importante que o G7 se mantenha unido para enviar uma mensagem clara à comunidade internacional de que o nosso forte compromisso de apoiar a Ucrânia nunca irá vacilar", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros japonesa, Yoko Kamikawa.

Também se comprometeram a acelerar os esforços para a recuperação e reconstrução da Ucrânia e a trabalhar para uma "fórmula de paz" com seus parceiros internacionais.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, foi recebida em Kiev, a 4 de novembro, pelo Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, foi recebida em Kiev, a 4 de novembro, pelo Presidente da Ucrânia, Volodymyr ZelenskyFoto: Ukrainian Presidential Press Service/REUTERS

Negociações de adesão à UE

O Presidente da Ucrânia também se congratulou com a recomendação da Comissão Europeia para a abertura das negociações de adesão ao bloco, afirmando que é um reconhecimento das reformas realizadas em plena guerra. "Hoje, a história da Ucrânia e de toda a Europa deu um passo correto", considerou Zelensky, num discurso publicado nas suas redes sociais.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse hoje esperar que os líderes da União Europeia deem, em dezembro, aval à abertura de negociações formais com a Ucrânia, após o qual o processo "pode começar imediatamente".

"Apresentamos hoje a recomendação de abertura das negociações de adesão. Depois, cabe ao Conselho tomar a decisão política. Temos um Conselho Europeu em meados de dezembro e, nessa altura, o assunto estará em cima da mesa", disse Von der Leyen, no dia em que Bruxelas divulgou uma comunicação a recomendar a abertura de negociações sobre a adesão ucraniana à UE, mas pedindo o combate à corrupção.

"A Ucrânia tem de terminar esse trabalho, que consta explicitamente da nossa recomendação", é referido no documento. "A Ucrânia tem de continuar a lutar contra a corrupção, construindo um novo historial de investigações e condenações por corrupção", diz ainda Bruxelas.

Em 2022, os Estados-membros da UE adotaram uma decisão histórica de conceder o estatuto de candidatos à Ucrânia e Moldova, que se juntaram a um grupo alargado de países, alguns dos quais há muito na fila de espera para entrar no bloco europeu, sem quaisquer progressos nos últimos anos. Esta lista é agora composta por Montenegro, Sérvia, Turquia, Macedónia do Norte, Albânia, Ucrânia, Moldova e Bósnia-Herzegovina.

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