França elimina Marrocos e encontra Argentina na final
14 de dezembro de 2022Theo Hernández, aos cinco minutos, e o suplente Randal Kolo Muani, aos 79, apontaram os tentos dos campeões de 1998 e 2018 e finalistas vencidos de 2006.Marrocos não apresentou a solidez defensiva que o mundo viu nas anteriores partidas e que lhe permitiu chegar às meias-finais. Diante da França, foi uma seleção lançada para o ataque, mas que não compensa na defesa.
França adiantou-se no marcador aos 5 minutos da primeira parte. Griezmann recebeu a bola solto na ala direita e serviu Mbappé que rematou contra a muralha defensiva marroquina e a bola sobrou para Hernández, que abriu o ativo.
Foi o primeiro golo que Marrocos sofreu neste Mundial marcado por um adversário, porque o outro, diante do Canadá, foi um autogolo. Aos 79 minutos do jogo, Kolo Muani, fez o segundo golo da França
Marrocos terminou a primeira parte muito bem e iniciou a segunda também de forma autoritária, mas França sempre controlou bem o jogo.
Na final, marcada para domingo, em Lusail, a França defronta a Argentina, campeã em 1978 e 1986, que, na primeira meia-final, derrotou a Croácia por 3-0. Marroquinos e croatas jogam pelo 'bronze', no sábado.
Precaução em França para emotivo jogo contra Marrocos
As autoridades francesas admitem que Paris e outras cidades registem desacatos devido ao jogo entre França e Marrocos, independentemente do resultado, motivando anúncio de reforço policial pelo ministro do Interior e apelos ao encerramento dos Campos Elísios.
Estima-se que haja em França entre 500 a 700 mil cidadãos marroquinos, com muitos a terem dupla nacionalidade. Esta é considerada a segunda maior comunidade estrangeira em França, logo a seguir aos argelinos e sendo mais numerosa que os portugueses.
Após o jogo Marrocos-Portugal do passado sábado, ganho pelos marroquinos, registaram-se cenas de vandalismo na Avenida dos Campos Elísios, centro de todas as celebrações em Paris, e devido à repetição de ataques a lojas, a autarca do 8º bairro da capital, Jeanne d'Hauteserre, pediu que fosse encerrada a zona.
O Governo não aceitou este pedido, mas Gerald Darmanin, ministro do Interior, disse que a polícia vai optar esta noite por um dispositivo móvel, com capacidade de agir rapidamente, especialmente no centro da capital. Desde logo, haverá um reforço de 10 mil agentes da polícia, com metade na região parisiense e outra metade distribuída pelo resto do território.