Força da ONU inicia retirada gradual da RDC
28 de fevereiro de 2024A Missão da ONU na República Democrática do Congo (MONUSCO) inicia hoje a retirada do país, exigida por Kinshasa, que a considerou ineficaz, informou a agência de notícias France-Presse (AFP).
Após 25 anos de presença no país, o Conselho de Segurança da ONU decidiu, em dezembro, a retirada das forças de manutenção da paz, apesar da preocupação com a escalada da violência no leste da República Democrática do Congo (RDC).
A MONUSCO, que conta atualmente cerca de 15 mil soldados, continua presente nas três províncias mais problemáticas, Kivu Sul, Kivu Norte e Ituri.
Plano de retirada
Para uma retirada "ordenada, responsável e sustentável" foi adotado um plano de três fases:
Até 30 de abril, militares e polícia retiram-se do Kivu Sul e até 30 de junho é a vez da componente civil. Antes de maio, a força da ONU deverá abandonar as 14 bases na província e entregá-las às forças de segurança congolesas.
A base de Kamanyola, perto das fronteiras com o Burundi e o Ruanda, é a primeira a ser entregue à polícia da (RDC).
Depois do Kivu Sul, as seguintes fases, em Ituri e Kivu Norte, vão ter início depois de avaliações ao processo.
Em janeiro, o Ministro Negócios Estrangeiros do país, Christophe Lutundula, manifestou o desejo de que a retirada esteja concluída até ao final do ano. O Conselho de Segurança não fixou qualquer prazo.