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Falta de passagens Cabinda-Luanda na TAAG gera indignação

Simão Lelo
20 de novembro de 2024

Transportadora aérea angolana regista falta gritante de passagens para os próximos dias entre Cabinda e Luanda. Quem quiser viajar deve fazer reserva antecipadamente. Para já, faltam lugares nos voos e há muitas queixas.

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Avião da TAAG no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro
Avião da TAAG no Aeroporto Internacional 4 de FevereiroFoto: Johannes Beck/DW

Quem tiver emergências, como óbitos ou negócios, e quiser viajar de Cabinda para Luanda e vice-versa ainda este mês ou no próximo, poderá ter de recorrer aos canais não oficiais, os chamados "muambeiros", para conseguir bilhetes de avião a preços exorbitantes, que ultrapassam os 100 mil kwanzas, o equivalente a 100 euros.

Esta situação deixa agastada a cidadã Maria Poba, que fala em pouca oferta e muita procura.

"Viajar hoje está difícil. Tudo, porque a TAAG é a única companhia que está a voar, por isso temos muitas dificuldades", queixa-se, em entrevista à DW. "É a única companhia que a maioria prefere, por isso, deveriam implementar mais voos", considera.

De acordo com populares, os constantes cancelamentos de voos dos passageiros que viajam entre Cabinda e Luanda já fazem parte do dia-a-dia. A revolta entre os passageiros nesta rota tem vindo a aumentar.

Bilhetes "falsos"

O episódio mais recente registou-se há dias, com o cancelamento de um voo da TAAG, com a empresa a alegar que se tratava de bilhetes falsos, como conta uma cidadã num vídeo publicado nas redes sociais.

"Estão a dizer que os bilhetes que nós comprámos são falsos. Mas nós adquirimos pela TAAG. Todos nós trabalhamos para termos dinheiro para adquirirmos os mesmos", afirma.

Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, em Luanda
O novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, em Luanda, abriu portas este mêsFoto: Borralho Ndomba/DW

A direção da empresa, através do administrador comercial, Miguel Carneiro, alegou constrangimentos operacionais, remarcando a viagem para sexta-feira, 22 de novembro. "Dos 74 passageiros inicialmente programados, foram informados 45 e lamentavelmente houve uma falha na passagem de informações quanto aos 29 passageiros", explica.

Novo aeroporto, serviço de excelência?

Numa visita de trabalho recente à província de Cabinda, Miguel Carneiro assegurou que a transferência de voos de Cabinda para Luanda e vice-versa para o novo aeroporto internacional vai permitir prestar um serviço de excelência aos passageiros e oferecer um atendimento mais eficiente e moderno.

"Isto é um desafio comercial. É algo que está sendo pensado e discutido em vários fóruns: como se consegue tornar o mercado de Cabinda cada vez mais acessível e mais competitivo dos passageiros e dos transportes", garantiu.

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