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TecnologiaÁfrica

Empresas africanas ficam mais vulneráveis a ciberataques

mp
2 de setembro de 2021

Crescem incidentes digitais em empresas africanas devido ao trabalho remoto na pandemia. Relatório de grupo de tecnologia africano indica que, somente no Quénia, 78% das empresas tiveram aumento de ameaças cibernéticas.

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Foto: picture alliance/dpa/O. Berg

O risco de ataques cibernéticos a grandes, médias e pequenas empresas em África aumentou durante a pandemia da Covid-19, quando o trabalho remoto ganhou força. A informação consta num relatório lançado em Nairóbi esta quarta-feira (01.09) e divulgado pela agência de notícias estatal chinesa Xinhua. 

O estudo da Liquid Intelligent Technologies (LIT) - um grupo de tecnologia com unidades em 14 países africanos – compila dados sobre segurança cibernética em 2021 no Quênia, na África do Sul e no Zimbabué. Segundo o relatório, as ameaças à infraestrutura digital no setor privado dos três países aumentaram devido às brechas criadas pela rápida retomada do trabalho remoto durante a pandemia.

Ataques de piratas informáticos, violações de dados e Ransomware - um tipo de cobrança de resgate para desbloquear o computador - aumentaram à medida que as empresas intensificaram a automação para aumentar a eficiência durante a pandemia.

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Aumentou o risco de phishing, malware, roubo de identidade e invasão de dadosFoto: picture-alliance/blickwinkel

O risco do serviço de nuvem

Segundo o estudo da LIT, 96% das empresas sul-africanas alavancaram os serviços de nuvem para sustentar as operações durante a pandêmica, enquanto 79% delas revelaram que registaram crescimento no número de ameaças cibernéticas. 

Além disso, 90% das empresas pesquisadas na África do Sul disseram que priorizaram o fortalecimento de suas defesas cibernéticas para prevenir ataques que poderiam afetar suas finanças e até mesmo causar danos à sua reputação. 

Enquanto 95% das empresas quenianas adotaram serviços de nuvem, 78% relataram aumento nas ameaças ao seu ciberespaço, enquanto 70% priorizaram a instalação de firewalls para evitar ataques, de acordo com o relatório.

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Muitas empresas em Nairóbi sofreram mais ameaças na internetFoto: Fotolia/Natalia Pushchina

Ataques sofisticados

A situação no Zimbabué, de acordo com o relatório, seguiu a mesma tendência do Quênia e da África do Sul. Nestes países, diretores de informação e administradores de rede confirmaram que o risco de ataques cibernéticos tinha se intensificado durante a pandemia. 

Lorreta Songola, diretora comercial regional da Liquid Intelligent Technologies para a África Austral, disse que o aumento do uso de tecnologias emergentes como serviços de nuvem foi acompanhado pelo risco de ataques sofisticados como phishing por e-mail, malware, roubo de identidade e invasão de dados.

Sangola salienta que o aumento da seguranöa do ciberespaço das empresas é pré-requisito para manter a confiança dos seus clientes, além de evitar litígios dispendiosos decorrentes do roubo de dados.

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