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PolíticaCabo Verde

Eleições: Cabo-verdiano lidera equipa da CEDEAO em Conacri

Lusa
14 de outubro de 2020

O ex-primeiro-ministro cabo-verdiano José Maria Neves lidera a equipa de observadores da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que acompanhará as presidenciais na Guiné-Conacri, no domingo.

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Foto: DW/N. dos Santos

José Maria Neves, de 60 anos e que chefiou o Governo cabo-verdiano de 2001 a 2016, período durante o qual foi também presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), foi recebido nessa qualidade, na terça-feira (13.10), pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva. 

"A escolha de um Alto Representante, ex-primeiro-ministro de Cabo Verde, com a aceitação consensual dos candidatos do poder e da oposição, é prestigiante para o nosso país", declarou o atual chefe de Governo e líder do Movimento para a Democracia (MpD).

Ao final da tarde, José Maria Neves também foi recebido pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca.

Segundo informação da própria CEDEAO, que acompanha o processo eleitoral na Guiné-Conacri, estão inscritos para as eleições do próximo domingo (18.10), após auditoria, 5.410.089 eleitores. Foram retirados 24.000 eleitores menores de idade, 343 declarados mortos e, entre outros, 212.000 duplicados.

Guinea Präsidentschaftswahl 2020 l Kampagne des Präsidenten Conde
Apesar dos protestos, Alpha Condé vai tentar um terceiro mandatoFoto: Cellou Binani/AFP/Getty Images

Alpha Condé tenta terceiro mandato

O Presidente cessante, Alpha Condé, de 82 anos, primeiro Presidente eleito democraticamente em 2010 após décadas de regimes autoritários na Guiné-Conacri, foi reeleito em 2015 para um segundo mandato e vai tentar agora um terceiro mandato.

No decurso de um referendo em março, muito contestado, fez aprovar uma nova Constituição e de seguida considerou, com os seus apoiantes, que o novo texto lhe permite voltar a concorrer ao escrutínio.

Os seus adversários denunciam um "golpe de Estado constitucional". Segundo a oposição, pelo menos 90 pessoas morreram no último ano devido a incidentes durante manifestações contra uma nova candidatura de Condé.