Eleições em Moçambique: Oposição faz campanha sem material
28 de agosto de 2024A campanha eleitoral em Moçambique arrancou no sábado passado (24.08), mas vários partidos políticos da oposição estão a ter dificuldades em dar visibilidade aos seus símbolos e candidatos à Presidência da República.
Nelson Almeida, delegado do partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM) em Inhambane, disse à DW que ainda não receberam o material de campanha porque o contentor ficou retido no porto de Maputo.
"Estou à espera do camião. Só hoje é que carregou para trazer o material para a zona norte", lamenta o político.
O MDM está a utilizar material que sobrou das eleições autárquicas e não tem cartazes com a cara do candidato apoiado pelo partido na corrida à Presidência da República, Lutero Simango.
Dinheiro demorou a chegar
Hélder Malaune, secretário provincial do Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) em Inhambane, explica à DW que, por causa do atraso na chegada do material, só deverão começar a campanha esta sexta-feira, 30 de agosto.
"Estamos à espera do material e da logística, que ainda não saiu da sede em Maputo", afirma.
Carlos Maela, delegado provincial da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) em Inhambane, refere que o problema é que os fundos para a campanha disponibilizados pelo Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) chegaram tardiamente.
Têm estado a fazer campanha nas ruas com o pouco material que conseguiram: "Como chegou tarde, e ainda foi necessário produzir o material, estamos a utilizar o que nos mandaram no primeiro lote", revela Maela.
Nas ruas e avenidas das cidades e vilas da província, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, no poder) é o partido com maior visibilidade.
Para Almeu Chau, primeiro secretário desta formação política em Maxixe, a campanha decorre sem dificuldades de material. Sendo assim, o partido está mais centrado em difundir o manifesto eleitoral.
"O partido FRELIMO está a fazer de tudo para que a população de Bembe e mais outras populações do nosso distrito tenham melhores condições de vida, o que se quer é paciência", afirmou durante uma ação de campanha.