Eleições na Guiné-Bissau: Presidente felicita PAIGC
16 de março de 2019Em comunicado, José Mário Vaz salienta a "participação cívica dos guineenses" através do "exercício de cidadania demonstrado durante todo o processo eleitoral".
O Presidente guineense felicita igualmente as forças de defesa e segurança pela "postura republicana" demonstrada durante todo o processo eleitoral, bem como todos os partidos políticos que participaram no escrutínio, com destaque para o PAIGC, Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Partido da Renovação Social, Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau, União para a Mudança e Partido da Nova Democracia.
"Ao PAIGC, em particular, felicita pelos resultados obtidos", lê-se no comunicado.
O chefe de Estado agradece também à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Nações Unidas, União Europeia, União Africana, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e aos países amigos pelo apoio dado durante todo o processo eleitoral.
"Jomav" disponível para "estabilidade governativa”
"Este escrutínio foi um passo importante na afirmação cívica do povo guineense na defesa dos valores da democracia", refere no comunicado, salientando que a Guiné-Bissau foi, mais uma vez, exemplo de eleições consideradas "justas, livres e transparentes".
O Presidente guineense garante também "inteira disponibilidade pessoal e institucional para uma estabilidade governativa" e para "manter o clima de paz civil e estabilidade interna que muito custou a construir ao longo dos últimos cinco anos".
Os resultados eleitorais indicam que o PAIGC alcançou 47 mandatos, o Madem-G15 27, o Partido da Renovação Social (PRS) 21, a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU/PDGB) 5, a União para Mudança (UM) e o Partido da Nova Democracia (PND), um deputado, cada um.
O PAIGC já anunciou um acordo de incidência parlamentar para governar com a APU/PDGB, UM e PND, pelo que deverá garantir apoio da maioria dos deputados eleitos. O segundo e o terceiro partido, Madem e PRS respetivamente, celebraram igualmente um acordo parlamentar.
A Guiné-Bissau vive desde 2015 uma crise política, que teve início com a demissão de Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, do cargo de primeiro-ministro, depois de o partido ter vencido as eleições de 2014 com maioria. Desde então foram nomeados vários primeiros-ministros.
Domingos Simões Pereira deverá ser indicado como primeiro-ministro, mas agora apenas com o apoio de uma maioria relativa.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou que os resultados provisórios das legislativas, anunciados na quarta-feira, passaram esta sexta-feira a definitivos.