Moçambique: Nyusi mantém larga vantagem na contagem
19 de outubro de 2019O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) tem estado a divulgar o apuramento provisório dos resultados das eleições do passado dia 15 de outubro na sua página da internet. Segundo este mesmo site, foram já processadas cerca de treze mil de 20.554 mesas de voto, ou seja, cerca de metade. Filipe Nyusi (FRELIMO) está na frente com 74,4% dos votos, seguido de Ossufo Momade (20,4%), Daviz Simango (4,5%) e Mário Albino com 0,65%.
No que diz respeito às votações para o Parlamento, e numa altura em que estão apuradas 50,48% das mesas, é a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) que está em vantagem com 76,1% dos votos. Segue-se a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) com 17,08%, Movimento Democrático de Moçambique (MDM) com 4,7% e a Ação do Movimento Unido para a Salvação Integra (AMUSI) com 0,24%.
Oposição rejeita resultados
Na manhã deste sábado (19.10), o maior partido da oposição moçambicana, RENAMO, fez saber que não aceitará os resultados e pede a repetição do sufrágio. Também o MDM já havia anunciado que não aceitaria os resultados daquelas que foram, na sua opinião, as eleições "mais violentas da história do país".
Resultados provinciais
A província de Inhambane, no sul de Moçambique, foi a primeira das 11 províncias do país a concluir o apuramento dos resultados das eleições de terça-feira (15.10). De acordo com os resultados divulgados pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), a FRELIMO e o seu candidato Filipe Nyusi venceram com clara vantagem.
Na província de Sofala, os resultados provisórios devem ser anunciados a qualquer momento, uma vez que o STAE havia agendado o seu anúncio para as 17h deste sábado (19.10).
Na província da Zambézia, o anúncio dos resultados preliminares está agendado para este domingo (20.10) às 15h. No entanto, nas ruas da cidade de Quelimane, membros e simpatizantes da FRELIMO já cantam vitória, informa o nosso correspondente, Marcelino Mueia. Os vogais dos partidos da oposição fizeram já saber que não vão assinar atas ou editais.
Sobre as restantes províncias não há ainda novidades. No entanto, em Nampula, o partido Ação do Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI) contestou este sábado (19.10) os resultados provisórios por considerar que o apuramento distrital está "viciado", a favor da FRELIMO.
Também a RENAMO, segundo informações da Plataforma "Sala da Paz", solicitou a anulação das eleições nesta cidade por causa da ocorrência de "várias irregularidades”.
Ainda este sábado (19.10), mas na província do Niassa, o MDM submeteu uma reclamação à Comissão Distrital de Lichinga, na qual denuncia a falta de 40 editais no apuramento dos dados eleitorais ao nível distrital, informa a "Sala da Paz".
No passado dia 15 de outubro, os eleitores moçambicanos foram chamados a escolher o Presidente da República, 250 deputados do parlamento e, pela primeira vez, dez governadores provinciais e respetivas assembleias.