Perda irreparável de espécies importantes
3 de março de 2016Publicidade
No momento em que o mundo celebra o Dia Internacional da Fauna Bravia (3.3), de Moçambique chegam notícias preocupantes sobre a deterioração de uma das maiores riquezas do país: a biodiversidade.
O diretor-geral da Administração Nacional de Áreas de Conservação, Bartolomeu Soto, anunciou na quarta-feira, 2 de março, que sobram apenas cerca de 10 mil elefantes, metade do total registado de 2008 para 2009.
A causa do desaparecimento dos elefantes é a caça furtiva, confirmou Bartolomeu Soto na cerimónia de lançamento das comemorações do Dia Mundial da Fauna, cujo lema, este ano é “O futuro dos elefantes e rinocerontes está nas nossas mãos”. Mas no que toca o país, disse Soto: “Não só Moçambique está alarmado mas o resto do mundo também está”.
Rinoceronte já desapareceu
Em conversa com a DW África, Marcelino Foloma, oficial de espécies especiais na organização não governamental, Fundo Mundial para a Natureza (WWF), explicou as razões para o alarme no que toca os elefantes: “Se a incidência da caça furtiva continuar, essa espécie pode desaparecer em pouco tempo”.
Essa seria uma enorme perda para o país, pois, segundo Foloma, o elefante assume aqui um papel económico e ecológico muito importante.
Mais grave ainda é a situação do rinoceronte, acrescentou: “Em tempos, Moçambique tinha uma população considerável de rinoceronte preto e branco. Mas nos dias de hoje esta espécie tende a desaparecer”.
Segundo um relatório do Ministério da Cultura e Turismo, a caça furtiva levou já à extinção do rinoceronte no país, à exceção de alguns locais ao longo da fronteira com o parque nacional do Kruger, na África do Sul.
O diretor-geral da Administração Nacional de Áreas de Conservação, Bartolomeu Soto, anunciou na quarta-feira, 2 de março, que sobram apenas cerca de 10 mil elefantes, metade do total registado de 2008 para 2009.
A causa do desaparecimento dos elefantes é a caça furtiva, confirmou Bartolomeu Soto na cerimónia de lançamento das comemorações do Dia Mundial da Fauna, cujo lema, este ano é “O futuro dos elefantes e rinocerontes está nas nossas mãos”. Mas no que toca o país, disse Soto: “Não só Moçambique está alarmado mas o resto do mundo também está”.
Rinoceronte já desapareceu
Em conversa com a DW África, Marcelino Foloma, oficial de espécies especiais na organização não governamental, Fundo Mundial para a Natureza (WWF), explicou as razões para o alarme no que toca os elefantes: “Se a incidência da caça furtiva continuar, essa espécie pode desaparecer em pouco tempo”.
Essa seria uma enorme perda para o país, pois, segundo Foloma, o elefante assume aqui um papel económico e ecológico muito importante.
Mais grave ainda é a situação do rinoceronte, acrescentou: “Em tempos, Moçambique tinha uma população considerável de rinoceronte preto e branco. Mas nos dias de hoje esta espécie tende a desaparecer”.
Segundo um relatório do Ministério da Cultura e Turismo, a caça furtiva levou já à extinção do rinoceronte no país, à exceção de alguns locais ao longo da fronteira com o parque nacional do Kruger, na África do Sul.
Caça furtiva cresce
O aumento da caça furtiva deve-se à crescente procura de chifres de rinocerontes e presas de elefante na Ásia. Na medicina tradicional desta parte do mundo, acredita-se que os chifres e as presas curam muitas doenças, embora a ciência já tenha provado de forma irrefutável que estes benefícios são fictícios. Não obstante, em certas partes da Ásia, os chifres de rinoceronte, por exemplo continuam a atingir preços recorde de mais de 50 mil euros por quilo.
Mas não é só a caça furtiva que representa um problema: Moçambique é também um corredor para o tráfico internacional das espécies ameaçadas. Em 2014 o país foi colocado numa lista internacional de nações que menos se esforçam para combater a caça furtiva ao elefante e rinoceronte.
Marcelino Foloma, do WWF, disse à DW África que houve, no ano passado, um período de recuo da caça furtiva. Mas com o aumento da procura e dos preços envolvidos, a incidência do crime subiu em flecha.
Marcelino Foloma, do WWF, disse à DW África que houve, no ano passado, um período de recuo da caça furtiva. Mas com o aumento da procura e dos preços envolvidos, a incidência do crime subiu em flecha.
Medidas urgentes
Marcelino Foloma enumera uma lista dos passos que o Governo de Maputo deve tomar com urgência para recuperar o controlo da situação. Não se trata apenas de rever as leis em vigor, mas também de “Reforçar a atividade de fiscalização, garantir maior capacidade técnica e maior capacidade em termos de equipamento que possa ser mais eficiente para estancar a situação”.
Além disso, as autoridades que lidam com o crime da caça furtiva devem ser mais agressivas “e mais sensíveis em relação ao agravamento da caça furtiva”. Impõe-se ainda criminalização a todos os níveis das pessoas que beneficiam do crime, incluindo aquelas que trabalham para “as várias instituições que estão envolvidas no controlo da caça furtiva”.
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