Desaparece avião da EgyptAir com 66 pessoas a bordo
19 de maio de 2016O avião de passageiros da EgyptAir partiu do Aeroporto Charles de Gaulle, na capital francesa, pouco depois das 23 horas de quarta-feira (18.05) e desapareceu dos radares enquanto sobrevoava o Mediterrâneo, cerca de três horas e 40 minutos após a partida. Devia aterrar no Aeroporto Internacional do Cairo esta madrugada.
A bordo do voo MS804 seguiam 56 passageiros – entre os quais uma criança e dois bebés –, três seguranças e sete membros da tripulação, num total de 66 pessoas, informou a companhia aérea num comunicado divulgado através das redes sociais.
A maioria dos passageiros e tripulação eram egípcios (30) e franceses (15), revelou a transportadora no Twitter.
No avião desaparecido seguiam também dois cidadãos iraquianos, um português, um britânico, um belga, um kuwaitiano, um saudita, um sudanês, um chadiano, um argelino e um canadiano.
As famílias dos passageiros estão a ser acomodadas junto ao aeroporto do Cairo. Segundo a EgyptAir, foram já disponibilizados médicos, tradutores "e todos os serviços necessários" aos familiares. O primeiro-ministro egípcio, Sherif Ismael, encontrava-se esta manhã no aeroporto, onde foi instalado um gabinete de crise.
Operação de busca no Mediterrâneo
O Egito e a Grécia lançaram uma operação de busca no Mediterrâneo para localizar o avião desaparecido. Foram destacados aviões de busca e navios de guerra, informou o exército egípcio.
Os motivos do desaparecimento ainda não foram esclarecidos. De acordo com porta-voz da aviação civil do Egito, Ihab Raslan, o mais provável é que o aparelho tenha caído no mar, quando faltava pouco para aterrar. "Todas as causas para o desastre estão em aberto, seja falha técnica, ato terrorista ou qualquer outra circunstância", disse à Reuters uma fonte da aviação, em condição de anonimato.
O avião ainda enviou uma mensagem de emergência, tendo o sinal sido detetado pelo exército, indicou a EgyptAir. A mensagem foi recebida dez minutos antes de o avião desaparecer.
Porém, o Exército egípcio nega que tenham sido detetadas "mensagens de aviso", escreveu um porta-voz militar na página do Facebook, citado pela agência de notícias France Presse.
Controladores de tráfego aéreo gregos falaram com o piloto quando este sobrevoava a ilha de Kea, naquela que terá sido a última transmissão da aeronave. "O piloto não mencionou quaisquer problemas," disse à agência de notícias Reuters Kostas Litzerakis, chefe do departamento de aviação civil da Grécia.
Segundo a transportadora egípcia, o piloto tinha 6.275 horas de voo, incluindo 2.101 aos comandos de Airbus 320.