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Crise pós-eleitoral: Nyusi pede fim de mortes e vandalismo

Lusa
29 de novembro de 2024

O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, apela ao fim da destruição de infraestruturas públicas e privadas e da morte de polícias e civis durante os protestos no país.

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Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique
Presidente da República pede aos moçambicanos para porem a mão na "consciência"Foto: Phill Magakoe/AFP/Getty Images

"Vamos parar com as destruições, vamos precisar e vamos ter peso na consciência por aquilo que devíamos ter deixado evoluir e não evoluiu, porque há países que já não sabem e não têm beco por onde sair porque mergulharam numa confusão e são só mortes, destruições e pilhagens", disse hoje o Presidente moçambicano durante a inauguração de uma infraestrutura do Instituto Nacional de Segurança Social, na província de Gaza, sul do país.

"Não fica bem estarem a morrer pessoas porque foram violentadas pelas Forças de Defesa e Segurança ou o inverso, mas eu acredito que façam a vossa parte, se cada um fizer um pouco só do que podemos fazer isto vai parar", acrescentou o chefe do Estado moçambicano.

Nyusi afirmou que os moçambicanos precisam de "cabeça fria" para resolver a tensão pós-eleitoral, pedindo para que olhem para o país "com carinho" e apontando que é "invejado" devido aos recursos de que dispõem.

"Se não fosse nada este país ninguém se preocupava, ninguém semeia milho na areia, ninguém. Não vai germinar. Como é uma terra fértil, vocês os jovens têm de fazer a vossa parte", declarou o Presidente moçambicano, pedindo aos cidadãos foco no desenvolvimento do país.

"Entrei em Gaza sem muitas escolas, sem muitos hospitais, sem muita água, sem energia e sem estradas. Tenho a impressão de que as pessoas esquecem rápido, mas o tempo é responsável para fazer a justiça para todos os moçambicanos que trabalham para isso e Gaza é uma das províncias que tanto faz para isso", concluiu Filipe Nyusi.

Pelo menos seis pessoas ficaram feridas, incluindo a jovem atropelada por militares, durante confrontos entre manifestantes e a polícia na quarta-feira, em protestos convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, anunciou o Hospital Central de Maputo.

Pelo menos três pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas devido ao disparo de tiros na quarta-feira em Moçambique nas manifestações de contestação dos resultados eleitorais, indicou a Plataforma Eleitoral Decide.

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