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SaúdeGlobal

Covid-19: OMS antecipa que pandemia durará muito tempo

Lusa
2 de agosto de 2020

O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde prevê que a pandemia de Covid-19 dure muito tempo e, por isso, é necessário continuar os esforços para a sua contenção em todo o mundo.

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Schweiz Genf WHO Treffen
Foto: picture-alliance/Photoshot/WHO

Segundo dados oficiais da OMS, a pandemia já provocou 675.060 mortos e infetou quase 17,4 milhões de pessoas em todo o mundo.

O grupo de cientistas, que se reuniu por videoconferência na sexta-feira, avaliou a evolução da pandemia de Covid-19, tendo em conta toda a informação científica que surgiu sobre o novo coronavírus nos últimos três meses, data da última reunião.

O Comité de Emergência da OMS é composto por 18 cientistas de vários países.

"A pandemia é uma crise sanitária que ocorre uma vez em cada século e os seus efeitos serão sentidos nas décadas seguintes", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao Comité, segundo um comunicado da organização.

O responsável fez também um balanço do que tem acontecido, salientando que "muitos países que pensavam que o pior já tinha passado estão agora a enfrentar novos surtos, outros que tinham sido menos afetados estão a ver os casos e os mortos a aumentar, enquanto países que tiveram grandes surtos conseguiram controlá-los".

Reforçar os serviços de saúde

Entre as principais recomendações que o Comité de Emergência dirigiu à OMS está a necessidade de continuar a apoiar os países serviços médicos mais fragéis, bem como a necessidade de continuar a impulsionar as investigações em curso para se encontrar um ou mais tratamentos e vacinas para a covid-19.

O objetivo é que, quando existir uma vacina, os países com menos recursos não fiquem de fora por incapacidade de as comprar. Ou seja, defendeu o Comité, a distribuição de vacinas deve ser o mais equitativa possível.

Atualmente três potenciais vacinas (dos Estados Unidos da América, Inglaterra e China) estão na fase três dos ensaios clínicos, para testar a sua segurança e eficácia. A OMS referiu a este propósito que poderá ser possível que uma vacina esteja pronta para comercialização "na primeira metade de 2021".

Relativamente às viagens, o Comité indicou que os países devem tomar medidas proporcionais e aconselhar os cidadãos em função dos riscos, avaliando as suas informações de forma regular. Por outro lado, recomendou que os serviços de saúde sejam reforçados para permitir a identificação de novos casos e o rastreio de contactos.