Covid-19: DW premeia jornalistas perseguidos
3 de maio de 2020Mais de uma dezena de jornalistas foi homenageada com o prémio Liberdade de Expressão da Deutsche Welle (DW Freedom of Speech Award), a emissora internacional da Alemanha, em nome de todos os profissionais da comunicação social que estão em perseguição, em todo mundo, devido às reportagens credíveis, independentes e baseadas em factos sobre o novo coronavírus. A maioria trabalha em condições difíceis.
"Neste período de uma crise global de saúde pública, o jornalismo tem uma tarefa essencial e cada jornalista carrega sobre si uma enorme responsabilidade” disse este domingo (03.05) o diretor-geral da DW, Peter Limbourg, no ato de anúncio dos premiados.
Liberdade de imprensa em perigo
Limbourg acrescenta que a liberdade de imprensa está em perigo em todo mundo. "Cidadãos de qualquer país têm o direito de ter acesso a informações baseadas em factos e investigações críticas. Qualquer forma de censura pode resultar em baixas e quaisquer tentativas de criminalizar a cobertura jornalística violam claramente a liberdade de expressão".
A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, em mensaagem divulgada, disse aos jornalistas homenageados que o público em geral precisa de "informações completas e precisas sobre a pandemia e esse público deve ser envolvido nas decisões que são tomadas em seu nome”.
Controlo da média
"É chocante que, neste período, os jornalistas sejam atacados, ameaçados, presos, acusados de crimes que não cometeram e até mesmo desaparecem só porque informaram sobre a pandemia", disse no vídeo publicado na cerimónia de atribuição de prémios.
Várias organizações de defesa dos jornalistas denunciam restrições à liberdade de imprensa, devido à pandemia da Covid-19. Segundo a organização não governamental, Repórteres Sem Fronteiras (RSF), em todo mundo os regimes autoritários não esconderam, durante a crise da pandemia, a "intenção de controlar os média ou aumentar a pressão sobre os órgãos de comunicação social ou ainda censurar os órgãos estatais".