1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
PolíticaEstados Unidos

Covid-19: Donald Trump "continua a melhorar"

Lusa | AP | tms
4 de outubro de 2020

É o que diz o médico da Casa Branca, que avança a possibilidade de o Presidente dos Estados Unidos sair do hospital a partir de segunda-feira. Num vídeo que publicou no Twitter, Donald Trump diz sentir-se "muito melhor".

https://p.dw.com/p/3jQVu
Presidente realiza algumas atividades enquanto está hospitalizado, diz equipa médicaFoto: Joyce N. Boghosia/The White House/Reuters

Numa conferência de imprensa à porta do Hospital Militar Walter Reed, nos arredores de Washington, este domingo (04.10), o médico Sean Conley, citado pela Associated Press (AP) disse que Donald Trump foi tratado com um esteroide, depois de duas descidas dos seus níveis de oxigénio, no sábado.

Apesar das melhoras, Conley disse que Donald Trump teve "febre alta" na sexta-feira (02.10), e que os níveis de oxigénio desceram para 93%, sem sensação de perda de fôlego.

Também Brian Garibaldi, um especialista em cuidados pulmonares que faz parte da equipa de médicos a acompanhar o caso, disse que Trump recebeu uma segunda dose do medicamento experimental Remdesivir, juntamente com uma primeira dose do esteroide dexametasona no sábado, e não está a demonstrar nenhuns efeitos secundários.

Garibaldi disse que o Presidente "está a pé e bem", e que o plano é tê-lo "fora da cama" durante o dia de hoje o máximo de tempo possível.

Os dois médicos disseram que caso a evolução continue favorável, Trump poderá voltar à Casa Branca na segunda-feira e continuar a sua série de cinco dias de tratamento com remdesivir e outros tratamentos adequados.

USA I Trump I Coronavirus I PK
Equipa médica que cuida de Donald TrumpFoto: abaca/picture-alliance

Relatos contraditórios

Relativamente aos relatos contraditórios acerca do estado de saúde do Presidente divulgados no sábado, quer pela equipa médica que o acompanha, quer pela Casa Branca, Sean Conley disse que quis "refletir a atitude positiva" de Trump na comunicação à imprensa.

"Estava a tentar refletir a atitude positiva da equipa, que o Presidente e a evolução da doença tiveram", disse.

Conley acrescentou que "não quis dar nenhuma informação que poderia levar o curso da doença noutro sentido", e que ao fazê-lo "saiu como se se estivesse "a tentar esconder alguma coisa, o que não era necessariamente verdade".

48 horas "críticas"

No sábado, o chefe de pessoal da Casa Branca, Mark Meadows, disse que Donald Trump passou por um período "muito preocupante" na sexta-feira e que as próximas 48 horas seriam "críticas" para a recuperação do Presidente norte-americano.

USA Mark Meadows
Mark Meadows, chefe de pessoal da Casa BrancaFoto: Ken Cedeno/Reuters

"Ainda não estamos num caminho claro para uma recuperação completa", disse Mark Meadows, contradizendo a avaliação avançada por pessoal da Casa Branca desde que Trump revelou o seu diagnóstico, bem como pelos seus médicos.

A conferência de imprensa do Comandante da Marinha e médico Sean Conley, no sábado, levantou mais questões do que aquelas a que respondeu, pois Conley recusou-se repetidamente a dizer se o Presidente alguma vez precisou de oxigénio suplementar e a discutir exatamente quando ficou doente. 

"Quinta-feira sem oxigénio. Nenhum, neste momento. E ontem [sexta-feira] com a equipa, enquanto estivemos todos aqui, ele não estava a oxigénio", disse Conley.

Mas, de acordo com uma pessoa, citada sob anonimato pela agência Associated Press, Trump recebeu oxigénio na Casa Branca na sexta-feira, antes de ser transportado para o hospital militar.

"Sinto-me muito melhor agora"

Entretanto, o Presidente norte-americano divulgou este domingo (04.10), na sua conta na rede social Twitter, um novo vídeo, gravado no hospital, no qual diz que começa a sentir-se melhor e espera "voltar em breve".

No vídeo de quatro minutos, Trump diz que "não se sentia muito bem" quando foi admitido no Hospital Militar Walter Reed, na sexta-feira, após o teste positivo para o coronavírus.

"Sinto-me muito melhor agora, estamos a trabalhar arduamente para que eu recupere totalmente. Penso que voltarei em breve e mal posso esperar para terminar a campanha da forma como a comecei", acrescentou.

Na comunicação, agradeceu ao pessoal médico que o está a tratar e aos líderes mundiais e cidadãos norte-americanos que enviaram votos de melhoras, dizendo estar a lutar pelos milhões de pessoas que têm tido o vírus em todo o mundo. "Vamos vencer este coronavírus ou o que quer que lhe queiram chamar", disse o Presidente no vídeo, que não está datado.

Trump tem 74 anos e é clinicamente obeso, o que o coloca em maior risco de complicações graves por causa do vírus que infetou mais de 7 milhões e matou mais de 200 mil pessoas nos Estados Unidos.

Na sexta-feira, Donald Trump anunciou na sua página pessoal da rede social Twitter que, tal como a primeira-dama, Melania, tinha testado positivo ao coronavírus e que iria ficar em quarentena. Horas depois, foi internado por medida de precaução no Hospital Militar Walter Reed.