Conselho de Estado da Guiné-Bissau reunido
6 de março de 2017O Conselho de Estado é um órgão de consulta do Presidente da República da Guiné-Bissau, cujo parecer não é vinculativo, e em que têm assento os titulares dos órgãos de soberania, líderes de partidos com assento parlamentar e representantes das bancadas no Parlamento.
Têm ainda assento no órgão alguns conselheiros indicados pelo chefe do Estado.
Em cima da mesa está a análise à crise política no país, à luz da decisão da Comissão Permanente do Parlamento que chumbou, na última semana, o pedido do Governo para que o seu plano de ação fosse discutido na plenária da Assembleia Nacional Popular.
Líder do PRS acredita que Governo guineense vai até fim da legislatura
Alberto Nambeia, líder do Partido da Renovação Social (PRS), que sustenta o Governo da Guiné-Bissau, disse esta segunda-feira (06.03) acreditar que o executivo de Umaro Sissoco Embaló vai ficar em funções até ao fim da legislatura, em 2018.
"Estamos a ouvir por estes dias que o Governo vai cair", mas "este Governo vai até ao final da legislatura", considerou Alberto Nambeia, num comício popular com militantes do PRS na localidade de Ingoré, norte do país.
O dirigente falou no mesmo dia em que o Presidente da República convocou uma reunião do Conselho de Estado para analisar a situação política do país.
O líder dos "renovadores" guineenses criticou quem trabalha "com intenções" de bloquear, no Parlamento, a ação do Governo, para fazer com que o Presidente da República demita o executivo."Isso não vai acontecer, o Governo vai até ao fim da legislatura", disse Nambeia, mas sem detalhar como.
O líder do PRS desafiou os que contestam a equipa a "abrirem o Parlamento" para que se possa saber se os deputados estão a favor ou contra o executivo - Alberto Nambeia disse acreditar que a maioria apoia o Governo.
Divergências internas no PAIGC, partido mais votado em 2014, e entre este e o PRS têm bloqueado o parlamento: desde a demissão do Governo de Domingos Simões Pereira, em 2015, já foram nomeados outros quatro, mas nenhum conseguiu fazer aprovar o programa ou Orçamento do Estado.