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Centenas protestam contra a junta militar no Chade

AFP | tm
12 de setembro de 2021

Centenas manifestaram-se em meio a um pesado destacamento policial este sábado (11.09), em N'Djamena, capital do Chade, contra a junta que dirige o país desde a morte de Idriss Déby Itno.

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N'Djamena, Chad | Demonstration gegen die Junta
Centenas de manifestantes nas ruas de N'Djamena, ontem (11.09), também criticaram a França, uma antiga potência colonial.Foto: Djimet Wiche/AFP/Getty Images

No Chade, diversas organizações da sociedade civil apelaram ao protesto contra o estatuto do Conselho Militar de Transição (CMT), liderado pelo filho de Idriss Déby, Mahamat Idriss Déby Itno.

As marchas, organizadas regularmente desde a morte do antigo Presidente, em abril, denunciam também a atitude da França, uma antiga potência colonial, que parte da oposição acusa de apoiar o novo Governo.

"O Chade não é um reino", "não ao apoio da França ao sistema Déby de pai e filho", lia-se nalgumas das bandeiras dos manifestantes.

Destacamento policial

O protesto, autorizado, foi controlado por um grande destacamento policial. Ocorreu sem incidentes, de acordo com um jornalista da agência de notícias AFP no local.

Succès Masra, um fervoroso opositor do Déby e fundador do movimento político "Os Transformadores", participou pela primeira vez nestes protestos.

N'Djamena, Chad | Demonstration gegen die Junta
Jovens manifestantes em protesto neste sábado (11.09), na cidade de N'Djamena, capital do Chade.Foto: Djimet Wiche/AFP/Getty Images

"Nem que seja pela memória dos nossos mártires, nunca devemos desistir da luta", disse ele aos meios de comunicação social. A 27 de abril, seis pessoas foram mortas em N'Djamena e no sul do Chade, segundo as autoridades, e nove, segundo uma ONG local, durante manifestações que tinham sido proibidas.

Revisão do estatuto

"Hoje estamos a marchar para exigir a revisão do estatuto que rege a transição e para denunciar os decretos estabelecidos pelos comités de diálogo não inclusivos", disse Max Loalngar, porta-voz de Wakit Tamma, uma plataforma da oposição, à AFP.

Após a morte do Presidente Déby a 20 de abril, Mahamat Idriss Déby Itno, 37 anos, prometeu eleições "livres e democráticas" na sequência de um diálogo nacional que deveria reconciliar todos os chadianos.

O período de transição é de 18 meses, embora possa ser renovado, algo que a junta não excluiu. Mahamat Idriss Déby detém quase todos os poderes e recebeu os títulos de Presidente da República e comandante supremo do exército.