Carnaval fora de horas em Quelimane
Após alguns adiamentos controversos, sai à rua aquele que é considerado o Carnaval mais popular de Moçambique. No ano em que Quelimane celebra o 75º aniversário de elevação a cidade, festeja-se o "Carnaval do Brilhante".
A controvérsia do "Carnaval do Brilhante"
A festa estava prevista para fevereiro, tal como é habitual, mas a autarquia decidiu adiar as celebrações, após um naufrágio que fez várias vítimas mortais no rio Chipaca. O Carnaval foi adiado para agosto, quando Quelimane celebra o 75º aniversário da elevação a cidade, mas a decisão foi muito criticada. Finalmente, o edil Manuel de Araújo anunciou a realização do Carnaval entre 21 e 30 de abril.
A caminho do desfile
A multidão dirige-se para as avenidas principais da cidade para assistir ao desfile dos grupos foliões. Todos os anos, milhares de pessoas participam naquele que é considerado o Carnaval mais popular de Moçambique. Ainda assim, numa edição marcada pelos adiamentos, muitos munícipes queixam-se que já não é altura de celebrar o Carnaval e preferem ficar em casa.
Foliões nas ruas
Tal como manda a tradição carnavalesca de Quelimane, a festa abriu com o desfile, esta sexta-feira (21.04). Segundo a autarquia, o evento de abertura do Carnaval contou com 25 grupos de foliões de bairros financiados pela edilidade, num valor de 25 mil meticais para cada grupo. No total, 35 grupos participam no evento, incluindo grupos de empresas e outros espontâneos.
Um carro ou um avião?
É um dos elementos tradicionais do desfile de Carnaval em Quelimane: o carro alegórico. Neste caso, um carrinho de mão revestido a sacos de plástico e madeira, com duas asas laterais, faz a vez de uma aeronave.
Cor e brilho rumo à coroação
Após o desfile, os grupos foliões apresentam ao júri do evento as suas indumentárias e coreografias. Cada grupo tem um rei e uma rainha, selecionados com base no seu domínio da dança. No final do evento, são eleitos entre os bairros e empresas participantes o rei e a rainha do Carnaval.
O Homem-Elefante
No meio do público do Carnaval, uma máscara original: um fato de elefante feito com folha de coqueiro, localmente conhecida como "essupa". A "essupa" é usada na preparação do fogo para cozinhar na província da Zambézia. Muitos jovens aproveitam o Carnaval para se vestirem de animais selvagens, não só para divertir os espectadores, mas também para alertar para a importância da preservação da fauna.