Burundi: O último adeus a Pierre Nkurunziza
26 de junho de 2020As cerimónias fúnebres tiveram lugar num estádio da capital, Gitega. Milhares de pessoas compareceram para o último adeus a Pierre Nkurunziza.
"Perdemos um Presidente único, que dançou para Deus… que jogou futebol com o seu povo. A sua morte é uma enorme perda para o Burundi", afirmou o novo chefe de Estado burundês, Evariste Ndayishimiye, empossado na semana passada.
"Em lugar algum, em África ou no mundo, houve um líder tão próximo de Deus como o Presidente Nkurunziza", afirmou.
"O eterno líder supremo"
Pierre Nkurunziza morreu subitamente a 8 de junho de um ataque cardíaco, aos 55 anos de idade. Mas, segundo uma fonte médica citada pela agência France Presse, o chefe de Estado sofria de "complicações respiratórias" pouco antes de morrer.
Há dois anos, o partido no poder, o Conselho Nacional para a Defesa da Democracia - Forças para a Defesa da Democracia (CNDD-FDD), designou Nkurunziza como o "eterno líder supremo" do país.
Nkurunziza, um devoto evangélico que esteve na Presidência do Burundi durante três mandatos, morreu numa altura em que o país enfrenta uma agitação política e económica. Nkurunziza foi acusado de governar com mão de ferro, reprimindo opositores e jornalistas.
Esta sexta-feira (26.06) foi feriado nacional no Burundi para a realização do funeral de Pierre Nkurunziza. A maioria dos presentes não utilizou máscara ou cumpriu as medidas de distanciamento social contra a pandemia da Covid-19.
Nenhum chefe de Estado estrangeiro participou nas cerimónias.