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Bissau: Libertados opositores detidos em protestos de rua

Lusa
22 de novembro de 2024

Dirigentes da oposição detidos, em Bissau, quando tentavam organizar manifestações de rua, já foram libertados. Presidente Sissoco Embaló diz que protestos "não fazem sentido" e que não vai tolerar "desordem no país".

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Bissau foi palcos de protestos de rua esta quinta-feira (21.11)
Presidente Umaro Sissoco Embaló diz que manifestações de rua "não fazem sentido", uma vez que o próprio se mostrou aberto ao diálogo com as forças políticas do paísFoto: AFPTV TEAMS/AFP/Getty Images

A polícia guineense restituiu, esta quinta-feira (21.12), à liberdade vários dirigentes da oposição que foram detidos nas primeiras horas do dia quando tentavam organizar manifestações de rua em Bissau.

Um familiar da líder do Movimento Social Democrático (MSD), Joana Cobde Nhanca, assinalou à Lusa que aquela já se encontrava em casa e em liberdade. Também um dirigente do Partido da Convergência Democrática (PCD), informou que o líder desta formação, Vicente Fernandes, também foi restituído à liberdade.

Além destes opositores, os dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Dan Yala, Wasna Papai Danfa, António Patrocínio Barbosa e Abdu Sambu foram igualmente libertados pela polícia.

As detenções aconteceram, na manhã desta quinta-feira (21.11), quando os opositores participavam em passeatas pelas ruas de Bissau, organizadas pelas coligações Plataforma Aliança Inclusiva (PAI- Terra Ranka) e API (Aliança Patriótica Inclusiva), contra o "abuso do poder e falta de democracia" no país.

Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau
Para Sissoco Embaló, as passeatas não passam de "ações para incomodar as pessoas nas suas casas"Foto: DW

A polícia utilizou cassetetes e granadas de gás lacrimogéneo para dispersar as manifestações.

Protestos "não fazem sentido"

Em reação ao sucedido, o Presidente Umaro Sissoco Embalódisse ontem que as manifestações de rua "não fazem sentido", uma vez que o próprio se mostrou aberto ao diálogo com as forças políticas do país. Na mesma ocasião, Sissoco disse que não tolerará "a desordem no país".

"As manifestações fazem-se quando se justifica. Pedimos diálogo, porque é que há desordem? O que é que isso vai resolver?", questionou o Presidente guineense, que falava aos jornalistas à saída da reunião semanal do Conselho de Ministros, a que presidiu.

Para Sissoco Embaló, as passeatas não passam de "ações para incomodar as pessoas nas suas casas".

"Quem quiser fazer passeata que pegue na sua família e vá para as ruas. Estou aberto ao diálogo, agora indisciplina, desordem não podem existir na Guiné-Bissau",

O Presidente lembrou que já começou a auscultar os partidos políticos e coligações com assento no parlamento dissolvido para a marcação das eleições legislativas antecipadas.

A Guiné-Bissau preparava-se para realizar eleições legislativas antecipadas no próximo domingo, mas, entretanto, foram adiadas por falta de condições técnicas e financeiras, de acordo com um decreto do Presidente por sugestão do Governo.

 A oposição marcou para domingo, 24, uma manifestação popular "em todo o país" para protestar contra o que considera de "ditadura pior do que da época colonial".

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