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Guiné-Bissau: Comunicação social estatal suspende greve

Lusa
19 de abril de 2022

Sindicato de profissionais de órgãos de comunicação social público da Guiné-Bissau suspendeu a greve que observava para aguardar cumprimento de promessas feitas pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló.

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Rádio Bombolom FM, Bissau, Guinea-Bissau
Embaló prometeu que, até hoje, daria orientações ao primeiro-ministro para que assinasse documento de efetivação de 100 profissionais. Foto de arquivo.Foto: DW

O Presidente guineense Umaro Sissoco Embaló reuniu-se na semana passada com o referido sindicato dos profissionais de comunicação para pedir que este desse tempo às autoridades, até hoje, para que pudessem cumprir com "algumas das exigências" do caderno reivindicativo, adiantou a fonte.

Embaló prometeu que até hoje iria dar orientações ao primeiro-ministro, Nuno Nabiam, para que assinasse o documento que irá confirmar a efetivação de 100 profissionais estagiários na Rádio Nacional, Televisão da Guiné-Bissau, Agência Noticiosa da Guiné e Jornal "Nô Pintcha".

A efetivação daqueles profissionais, alguns com mais de 10 anos em regime de estágio, é um dos pontos que motivou a greve de seis dias úteis iniciada na semana passada pelo sindicato, que ameaça retomar a paralisação se as promessas não forem cumpridas.

Guinea-Bissau Umaro Sissoco Embaló in Ruanda
Umaro Sissoco Embaló disse ao sindicato que o Governo está em negociações com o FMI para um programa de crédito, algo que poderia dificultar alterações no Orçamento Geral do Estado.Foto: Pressebüro der Präsidentschaft der Republik Guinea-Bissau/Jakadi

"Deixar de lado para já"

O pagamento de subsídios àqueles profissionais é também outro dos pontos da reivindicação, mas o Presidente guineense apelou ao sindicato no sentido de "a deixar de lado para já", com a promessa de que a partir de setembro poderia ser concretizada, disse a fonte.

Umaro Sissoco Embaló disse ao sindicato que o Governo está em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para a assinatura de um programa de crédito alargado, facto que poderia dificultar qualquer alteração no Orçamento Geral do Estado, acrescentou.

A fonte do sindicato disse ter "grande esperança" em como "as reivindicações serão atendidas", mas deixou em aberto a possibilidade de a greve ser retomada a partir da próxima semana.

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