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ConflitosTerritório Ocupado da Palestina

Autoridade Palestiniana pede decisão sobre Gaza ao TIJ

Lusa
15 de janeiro de 2024

O primeiro-ministro palestiniano, Mohammad Shtayyeh, pediu ao Tribunal Internacional de Justiça uma decisão urgente em relação ao processo contra Israel apresentado pela África do Sul sobre o genocídio na Faixa de Gaza.

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Manifestantes assistem à transmissão da audiência em direto junto ao TIJ
Manifestantes assistem à transmissão da audiência em direto junto ao TIJFoto: THILO SCHMUELGEN/REUTERS

O primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana (AP), Mohammad Shtayyeh, pediu hoje (15.01) ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) uma decisão urgente em relação ao processo contra Israel apresentado pela África do Sul sobre o genocídio na Faixa de Gaza.

"Exigiremos que Israel assuma nos tribunais internacionais todos os custos da destruição provocada na Faixa de Gaza e que assuma a total responsabilidade pelas vidas do nosso povo, contra quem cometeu crimes", afirmou Shtayyeh.

O primeiro-ministro palestiniano enfatizou a necessidade urgente do tribunal adotar uma posição em relação ao processo com base no direito internacional e no direito internacional humanitário antes dos seus juízes serem substituídos no final do mês, segundo a agência de notícias palestiniana WAFA.

Fim aos "crimes" da "criança mimada"

"Cento e um dias passaram-se desde que a Faixa de Gaza ficou na escuridão, sem eletricidade, sem água, sem remédios e comunicações", denunciou Shtayyeh, acrescentando que o enclave palestiniano está a ser condenado a "uma morte lenta e rápida" e que milhares pessoas já morreram desde o início da guerra de Israel contra o Hamas a 7 de outubro.

"Exijo que se ponha fim à agressão contra o nosso povo, que sejam entregues quantidades suficientes de alimentos e ajuda humanitária, que a central elétrica seja reativada e que as redes de abastecimento de eletricidade e água sejam ligadas", exigiu o primeiro-ministro palestiniano.

Addis Abeba Treffen Africa Union | Palästinensischer Ministerpräsident Mohammad Shtayyeh
Mohammad ShtayyehFoto: AMANUEL SILESHI/AFP

Shtayyeh também pediu aos Estados Unidos, à Europa e ao resto dos "patrocinadores" de Israel que pressionem a sua "criança mimada" a colocar um fim a todos os seus "crimes".

Os argumentos sul-africanos

O Estado sul-africano apresentou em dezembro um pedido urgente ao TIJ para que ordene a Israel que "suspenda imediatamente as operações militares" na Faixa de Gaza. 

As duas primeiras audiências do caso no TIJ aconteceram na quinta-feira e sexta-feira da semana passada. 

A África do Sul pediu na quinta-feira aos juízes que imponham ordens preliminares vinculativas a Israel, incluindo a suspensão imediata da campanha militar israelita em Gaza. A presidente do TIJ, Joan E. Donoghue, disse que a África do Sul argumenta que as ações israelitas após os ataques de 7 de outubro do Hamas "têm caráter genocida".

Segundo a presidente do TIJ, afirma também que Israel "não conseguiu evitar o genocídio e está a cometer genocídio". Israel rejeita as acusações da África do Sul.

Porque é que a África do Sul está a processar Israel?

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