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Angola é o país africano que mais lucra com alta do petróleo

Lusa
25 de abril de 2022

A consultora Fitch Solutions diz que Angola é o país mais beneficiado com a subida dos preços do petróleo desde o princípio do ano. Aumento foi acelerado desde a invasão da Ucrânia pelos russos.

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Foto: Getty Images/AFP/M. Bureau

A consultora Fitch Solutions considerou esta segunda-feira (25.04) que Angola é o país mais beneficiado com a subida dos preços do petróleo desde o princípio do ano, antevendo uma valorização do kwanza de 23,1% este ano.

"Os preços elevados do petróleo são positivos para os produtores, mas Angola será a grande vencedora", escrevem os analistas da consultora Fitch Solutions, num comentário à evolução das principais economias africanas.

No comentário, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, esta consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Rating apontam que a subida do preço do petróleo desde o princípio do ano, e acelerada desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, terá consequências positivas para Angola.

Angola: Só a subida no preço do petróleo não basta

"Antevemos que os preços do petróleo de Brent subam de uma média de 71 dólares por barril para 100 dólares este ano, e que a produção de crude em Angola aumente 3,5% este ano, depois de cinco anos de queda, o que vai aumentar as receitas das exportações, que valem 90% do total", escreve a Fitch Solutions.

Apesar da forte subida no primeiro semestre, a consultora estima que o crescimento abrande na segunda metade do ano, "devido ao enraizamento das sanções contra a Rússia e à subida da produção da OPEP+, dos Estados Unidos e do Irão, para atingir uma média anual de 100 dólares por barril".

Efeito positivo sob o kwanza

A subida na entrada de divisas tem também um efeito positivo no kwanza, que desde o ano passado está a valorizar-se significativamente, depois de uma queda acentuada desde a liberalização parcial da taxa de câmbio, em 2017.

"O kwanza de Angola vai continuar a portar-se melhor do que os seus pares este ano, principalmente impulsionado pelo setor petrolífero, e já se fortaleceu cerca de 35% desde o início do ano, mas deverá abrandar a valorização e fechar o ano com uma subida de 23,1% face ao valor do ano passado, para valer 486,61 kwanzas por dólar", concluem os analistas.

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