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Angola: Presidente admite novo confinamento face à Covid-19

Lusa | mjp
27 de junho de 2020

O chefe de Estado angolano admitiu a possibilidade de recuar nas medidas de desconfinamento, caso haja necessidade, numa altura em que se registam 244 casos positivos no país.

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Angola | Ausnahmezustand wegen Corona
Foto: DW/P. Borralho

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, frisou este sábado (27.06), em Luanda, que em outros países está a acontecer um recuo nas medidas de desconfinamento face à pandemia do novo coronavírus e, caso haja um descuido, "também pode acontecer em Angola".

"Angola não é especial. Angola pode ser diferente, dependendo sempre do nosso comportamento, das nossas atitudes", referiu.

João Lourenço falava à imprensa à margem da cerimónia de inauguração de uma nova ala de Serviço de Urgência, Internamento de Curta Duração, Consulta Externa e Hospital Dia da Pediatria de Luanda.

Segundo o Presidente angolano, o alívio das medidas de prevenção e combate da pandemia depende do comportamento dos cidadãos. "Se o desconfinamento for paulatino e responsável, com responsabilidade dos cidadãos em continuarem a utilizar as máscaras, lavarem as mãos com frequência, manterem o distanciamento entre as pessoas, pode-se fazer o desconfinamento sem que haja o grande risco de aumentar os casos positivos, portanto, tudo depende de nós", frisou.

Contaminação local ainda não confirmada

João Lourenço, Präsident von Angola, im Gespräch mit DW
João LourençoFoto: DW/M. Luamba

Questionado sobre se a existência dos 26 casos de covid-19 com vínculo epidemiológico por esclarecer significa que já há contaminação local, João Lourenço respondeu que a declaração obedece a critérios definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo que, se não foi ainda anunciada pelas autoridades sanitárias angolanas, "significa que a situação de Angola ainda não se enquadra nos critérios que a OMS definiu".

"Se isso vier a acontecer, ou quando isso vier a acontecer, com certeza que as autoridades competentes vão anunciar que o país já entrou em contaminação local", disse.

Depois da terceira prorrogação do estado de emergência que vigorou no país entre 27 de março e 25 de maio, foi declarada situação de calamidade pública, tendo havido algum alívio nas medidas iniciais de prevenção e combate à pandemia.

Angola contabilizou, na sexta-feira, 32 novos casos de Covid-19, o maior registo de sempre, elevando para 244 o total de infeções do país, desde o início da pandemia no país, em março passado. A capital angolana, Luanda, é o epicentro da pandemia, que se alastrou também à província do Cuanza Norte.

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