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PolíticaAlemanha

Angela Merkel recusa presidência honorária do seu partido

DPA
21 de janeiro de 2022

A ex-chanceler alemã negou a presidência honorária oferecida pela CDU por acreditar que tal título já não faz mais sentido. Merkel, após 16 anos no Governo e como líder do partido, dedica-se agora a projetos pessoais.

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Foto: Daniel Karmann/dpa/picture alliance

A chanceler alemã aposentada Angela Merkel não será presidente honorária da União Democrata Cristã (CDU), disse esta sexta-feira (21.01) o líder do partido conservador.

"Angela Merkel chegou à decisão de que [o título de presidente honorário] já não se ajustava aos tempos atuais. Não temos um presidente honorário. Essa é uma tradição do passado que não existe agora a nível federal", disse Armin Laschet, em entrevista à emissora alemão RTL/ntv.

Laschet, que levou o partido ao seu pior resultado eleitoral de sempre em setembro de 2021, em breve deixará a liderança do partido. O seu sucessor, Friedrich Merz, deverá ser formalmente eleito numa conferência do partido no sábado (22.01).

Merkel não se candidatou às eleições de setembro, retirando-se da política após 16 anos ao leme da maior economia da Europa.

Wahlkampf CDU | Angela Merkel und Armin Laschet
Merkel e Laschet, do CDU, durante a campanha eleitoral em setembroFoto: Martin Meissner/AP/picture alliance

Laschet salientou que "a última cadeira honorária foi de Helmut Kohl, que se demitiu".

Kohl, antecessor de Merkel, demitiu-se do cargo no ano 2000 devido a um caso de desvio de fundos.

Merkel recusou cargo na ONU

Entretanto, além da oferta da CDU, Angela Merkel também rejeitou uma oferta de emprego feita pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

A ex-chanceler federal alemã "telefonou para o secretário-geral da ONU na semana passada, agradeceu e informou que não aceitaria a oferta", divulgou na quarta-feira (19.01) a assessoria de Merkel, após um pedido da agência alemã de notícias, DPA.

O cargo oferecido pela ONU seria a presidência de um órgão consultivo de alto nível, cuja função é avaliar e debater sobre bens públicos globais.

No entanto, desde que deixou o Governo alemão há seis semanas, Angela Merkel mantém-se discreta, com raras aparições ou manifestações públicas.

Por enquanto ainda não está claro quais serão os próximos passos da ex-chanceler. Mas, de acordo com Beate Baumann, que coordena o escritório de Merkel em Berlim, a antiga chanceler da Alemanha está a planear uma autobiografia.

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