A economia do Egito em crise
Projetos engavetados, trabalhadores de campo em perigo, infraestrutura danificada – a economia egípcia está prestes a quebrar após dois anos de instabilidade e violência.
Canal de Suez: uma dor de cabeça
Instabilidade política leva economia do Egito à beira do colapso: projetos engavetados, trabalhadores de campo em perigo, infraestrutura danificada. Através do Canal de Suez, o Egito controla uma das rotas de abastecimento de petróleo mais importantes do mundo. Apesar de o canal ser protegido por militares, os preços do petróleo subiram devido à crise.
Porto Said - uma área de conflito
O leste de Porto Said (veja foto) é um importante centro de comércio e um enorme porto de contentores. Está a cerca de 200 quilômetros de distância do Cairo. Nos primeiros meses deste ano, os portos estavam no centro da agitação. O transporte regular de mercadorias com navios não era mais possível. A economia egípcia está prestes a quebrar após dois anos de instabilidade e violência.
Turismo despenca
A indústria do turismo é a mais atingida pela crise política no Egito. A atividade contribui com um sexto do produto interno bruto (PIB) e quantidades significativas de dinheiro do exterior para os cofres do Estado e das empresas. O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha emitiu um alerta de viagem. Vários operadores de turismo cancelaram passeios para a região até meados de setembro.
Embarque atrasado
Passageiros de avião no Egito têm que estar no portão de embarque quatro horas antes do voo devido ao amplo controle de segurança. A companhia aérea alemã Lufthansa continua a voar para o Cairo enquanto outras empresas restringiram seus serviços por enquanto. Na foto: um avião da companhia egípcia EgyptAir.
Extensão de estradas adiada
O Egito tem uma rede rodoviária de mais de 45.000 quilômetros. Antes da crise, quase metade das estradas necessitavam reparos. A instabilidade política interrompeu quaisquer planos de melhorar as rodovias e construir novas vias expressas.
Ferrovias precárias
Trilhos vazios, trens lentos – quando a crise despontou em 2011, menos de 5% do transporte de cargas no Egito era feito por ferrovias. Havia planos para estender a rota de Cairo para Alexandria e as linhas perto do Canal de Suez.
Empresas estrangeiras se retiram
A rede de atacado e varejo da companhia alemã Metro fechou a sua subsidiária no Cairo. A Alemanha ainda figura entre os três maiores parceiros comerciais do Egito. Mas as empresas alemãs BASF, ThyssenKrupp e Henkel também estão retirando funcionários.